O preparo do jantar na casa da dona de casa Francinalba da Silva Duarte, de 41 anos, moradora de São José dos Campos, terminou com uma surpresa estranha e desagradável na noite da segunda-feira (10). Ela encontrou um corpo não identificado dentro da embalagem de molho de tomate que seria usado no tempero de uma carne.
De acordo com ela, o material encontrado não é resultado de validade excedida do produto, nem de falhas no armazenamento do alimento - que estava em uma dispensa e depois de aberto ficou na geladeira. A família analisa se irá processar a fabricante pelo incidente. A fabricante informou que embalagens de sachê podem sofrer danos que ocasionam a entrada de ar e o desenvolvimento de micro-organismo.
Uma parte do molho, onde foi encontrado o material estranho, chegou a ser consumida pela filha de 14 anos da dona de casa. A adolescente teria preparado uma refeição na última quinta-feira (6).
"Minha filha abriu o molho, usou um pouco e guardamos para usar nesta segunda. Assustei quando vi esse material, que parece um "nervo" e é viscoso, misturado ao molho da carne", disse a dona de casa. Ela afirma ter guardado a embalagem do produto, que venceria em julho de 2013, na geladeira.
Sobre o local onde o produto foi comprado, a mulher alega que não sabe informar com precisão. "Aqui em casa fazemos compras em vários supermercados, de maneira a nunca deixar a dispensa vazia. Tenho itens lá de compras diferentes e sendo assim, não posso atribuir a responsabilidade a um supermercado", disse.
SAC
Na tentativa de descobrir o que é o corpo não identificado e também alertar a fabricante sobre o lote, ela entrou em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da Cargill Foods, fabricante do produto, que pediu 48 horas para recolher uma amostra do molho para análise.
Entre 16h e 20h desta terça-feira (11), as atendentes fizeram três contatos com a família. Em um deles alertaram para a necessidade de procurar atendimento médico em caso de mal estar. O número do lote foi informado à empresa e a dona de casa aguarda uma resposta.
"Meu receio é que seja pele de algum animal que se misturou ao molho durante o preparo no fabricante. A gente não sabe e pior, minha filha comeu", disse Francinalba. A mulher diz ter pedido ajuda a Vigilância Sanitária de São José dos Campos, que pediu informação a respeito do local de compra do produto para abertura de processo.
Outro lado
Leia abaixo íntegra da nota da fabricante encaminhada nesta quarta-feira (12)
"A consumidora de São José dos Campos (SP) contatou ontem o SAC da Cargill para relatar o ocorrido. A empresa retirará até o final da tarde de hoje o produto para que uma amostra seja encaminhada a laboratório independente a fim de analisar o objeto encontrado no interior da embalagem. Embalagens como as de sachê podem sofrer danos que ocasionam a entrada de ar no produto, deixando-o vulnerável para o desenvolvimento de micro-organismos. A Cargill informa que todo o processo de fabricação dos seus molhos é periodicamente fiscalizado e sua manufatura está licenciada e aprovada pela ANVISA com as normas de Boas Práticas de Fabricação. A empresa reitera seu compromisso com a segurança de alimentos e seus padrões de higiene e qualidade."