Na Operação Murder, Inc., em que foram presos Domingos e Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, pela morte de Marielle e Anderson, outras 4 pessoas foram alvo da PF, cumprindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
São eles:
- Érika Andrade de Almeida Araújo, mulher de Rivaldo Barbosa;
- Giniton Lages, delegado;
- Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinho DH, comissário;
- Robson Calixto Fonseca, o Peixe, assessor de Domingos.
Érika Andrade de Almeida Araújo
Quem é: advogada e mulher do delegado Rivaldo Barbosa.
Por que foi alvo: Érika é suspeita de lavar dinheiro para o marido, sobretudo os recursos associados ao caso.
Medidas cautelares: monitoração eletrônica por tornozeleira; suspensão do exercício de atividades econômicas; proibição de frequentar determinados lugares; proibição de contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores; comparecimento periódico em juízo; proibição de se ausentar da comarca; entrega de passaportes e arresto de bens.
2. Giniton Lages
Quem é: Delegado de Polícia, foi titular da Homicídios na época do atentado.
Por que foi alvo: Lages é mencionado como tendo desviado deliberadamente o curso das investigações, protegendo os mandantes do crime. Ele teria sido designado por Rivaldo Barbosa logo após o crime. Estrategicamente, apresentou a tese de que os executores materiais, Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, teriam agido motivados por ódio em relação às posições de Marielle.
Medidas cautelares: suspensão do exercício de função pública; monitoração eletrônica; suspensão de porte e posse de arma de fogo; proibição de frequentar determinados lugares; proibição de contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores; comparecimento periódico em juízo; proibição de se ausentar da comarca e entrega de passaportes.
Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinho DH
Quem é: comissário, era chefe de investigações e o subordinado mais graduado de Giniton.
Por que foi alvo: Marquinho foi implicado em atuar juntamente com Giniton Lages para obstruir as investigações dos homicídios, protegendo os mandantes do crime. Sua participação incluiu a direção estratégica da investigação para afastar a suspeita dos irmãos Brazão, utilizando-se de depoimentos falsos e outras manobras para desviar a atenção das autoridades.
Medidas cautelares: suspensão do exercício de função pública; monitoração eletrônica; suspensão de porte e posse de arma de fogo; proibição de frequentar determinados lugares; proibição de contato com outros investigados, testemunhas ou colaboradores; comparecimento periódico em juízo; proibição de se ausentar da comarca e entrega de passaportes.
4. Robson Calixto Fonseca, o Peixe
Quem é: foi assessor de Domingos Brazão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).
Por que foi alvo: na delação, Ronnie Lessa afirmou que Peixe acompanhou Domingos Brazão na primeira reunião sobre a empreitada criminosa. Ainda segundo Ronnie, Peixe era segurança informal de Domingos e cobrava dívidas para a milícia.
Medida cautelar: busca e apreensão.