As mulheres piauienses mostram que têm força para serem empoderadas economicamente. Isso porque são elas que lideram o setor de serviços no Piauí, sobretudo na busca de opções de crédito que possam fomentar o crescimento de seus empreendimentos.
Um bom exemplo disso é a costureira Maria do Socorro Sampaio, que hoje é o que podemos chamar de uma mulher bem-sucedida. Dona do próprio negócio e sempre ampliando seus investimentos, ela transformou o ateliê que tinha em casa em uma oportunidade de maximizar a renda. Com produção própria, ela trabalha com aluguel de roupas de festas em uma loja no Centro de Teresina e, em breve, vai se mudar para um ponto próprio que ela conquistou através de oportunidades de crédito.
Isso em um Estado onde as financeiras observam um campo aberto para enfrentar a crise a partir de investimentos a juros baixos. Só para microcrédito urbano, por exemplo, o Banco do Nordeste disponibilizou R$ 1,2 bilhões para o Piauí, colocando-o como o segundo da região a mais investir em microempreendedores, atrás apenas do Ceará, que soma R$ 2,2 bilhões. Para se ter ideia do campo aberto para a região, a oferta de crédito para os piauienses aumentou de volume em 20% de 2018 para 2019.
E foi assim que as oportunidades chegaram para dona Maria. Um consultor ofereceu os serviços de microcrédito e a costureira logo vislumbrou um futuro de melhoria de vida. “Cheguei ao Crediamigo através de uma pessoa que trabalhava lá dentro. Ele aconselhou a gente a formar um grupo e pude triplicar meu faturamento aqui na loja. Então fiquei muito contente com o resultado”, lembra.
Isso mostra um Piauí que acredita na recuperação econômica do Brasil ao longo do ano. E as mulheres serão peça-chave para este processo, como empresárias que buscam oportunidades através de qualificações, investindo em marketing e também em opções de crédito a juros baixos. Esta é a maneira que elas encontram para ampliar a circulação monetária dentro dos empreendimentos.
No Piauí, a média de crédito geral é de R$ 2,5 mil por cliente. Mas esses valores podem ser de R$ 500 a mais de R$ 100 mil em operação de crédito, dependendo das necessidades e do suporte do empreendedor. O Banco do Nordeste termina sendo um “mentor” de empreendedores a partir das dicas que elas recebem da equipe da financeira.
Dona Maria começou com valores muito pequenos para abrir seu ateliê/loja. “Com o Banco do Nordeste, eu pude trabalhar mais, conseguimos mais contratos de aluguel e pude comprar meu próprio ponto, ficar livre dessa despesa que é o aluguel do espaço. Comecei em 2006, sacando um valor pequeno. Agora vamos só aumentando. A taxa de juros é baixa, então vale muito a pena”, recomenda a empresária.
Empreendedora piauiense conquista mercado nacional
Um exemplo disso é a empresária Vivianne Feitosa, empresária do ramo de confecções. Com uma linha de crédito do Banco do Nordeste, ela ampliou o negócio familiar em uma grande empresa, que hoje possui maquinário próprio e uma filial fora do Estado, o que mostra a força de nacionalização da marca. Para isso, o empoderamento feminino foi fundamental.
Vivianne afirma que a inspiração foi a própria mãe. “Sou filha de costureira, então vi o ofício da minha mãe uma oportunidade. Hoje trabalho com minha irmã, minha sócia, e trabalhamos com fábrica própria e 30 funcionários, além de outros 18 que são terceirizados. O Banco do Nordeste foi importante porque os juros são baixos e as condições de pagamento são acessíveis. Hoje já contamos com uma loja em São Luís”, conta.
Na fábrica de roupas, que fica localizada no bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina, Vivianne possui coleção completa. Do jeans à moda praia. A loja da fábrica é sempre movimentada, tanto de revendedoras como de clientes diretas. “Pudemos aumentar os lucros e o número de funcionários, além de abrir uma unidade no Piauí Center Moda, no Centro de Teresina e em um shopping de São Luís”, acrescenta.
Para isso, Vivianne contou com o Banco do Nordeste. “Nós solicitamos um crédito diante do banco que prontamente foi aprovado. Conseguimos comprar máquinas mais modernas para aumentar nossa produção. Tivemos um incremento de lucro entre 25% e 30%, porque conseguimos diminuir o tempo de chegada da peça da fábrica para o setor comercial, no caso as lojas e revendedoras”, avalia a empresária. (L.A.)
Do bom gosto ao sucesso financeiro
Regina Ferreira é uma empresária do ramo de semijoias. Ela brinca que Deus não lhe deu dinheiro, mas sim bom gosto para conquistar tudo o que quiser. E é verdade. Com peças belíssimas escolhidas a dedo, Regina dispõe de uma cadeia de revendedoras da sua marca, que já é um sucesso em Teresina.
Regina viu em um período de dificuldade a oportunidade de mudar de vida. Após ser demitida, ela decidiu tomar as rédeas das próprias vendas e deu a volta por cima. “Eu trabalhava em uma empresa e fui demitida injustamente. Então decidi trabalhar por contra própria após me questionar: já enriquei tantas pessoas, por que não eu mesma? Valorizei minha mão de obra. Comecei a ter ideias e colocá-las em prática", conta.
Para isso, qualificação e pesquisa de mercado foram fundamentais. "Fui estudar a área e fiz um curso de empreendedorismo. Nesse curso, ficou bem claro do que um bom empreendedor precisa: foco, poder de persuasão e sempre buscar oportunidades. Nessa busca de oportunidades encontrei o Banco do Nordeste”, conta.
A busca de Regina Ferreira por uma nova maneira de gestão ampliou sua visão comercial. “Fui até eles com o projeto da minha loja física. Antes a loja funcionava na minha casa. Eu não tinha um espaço com o perfil da minha clientela. Precisava de um local apropriado para conversar e tomar um cafezinho com os clientes. Pude realizar este objetivo e já funcionamos há um ano e um mês no Piauí Center Moda”, acrescenta a empresária.
Com sonhos nas alturas, não existem barreiras para Regina Ferreira. “Eu abri novos horizontes, ampliei novos espaços de mercado através das redes sociais e meu nome começou a aparecer dentro do Piauí e fora do Estado. Por isso que sou uma profissional realizada. Amo o que faço e acho que por isso pude conseguir tantas vitórias. Tenho certeza que serei a maior atacadista de Teresina. Minha pretensão é chegar a vários estados”, finaliza. (L.A.)
Microcrédito é a melhor opção para pequenos e microempreendedores
Para especialistas financeiros, o microcrédito ainda é a melhor opção de investimentos para quem quer ampliar empresa. Sobretudo no caso de pequenos e microempreendedores. Dorgilan Rodrigues da Cruz, economista e presidente do Conselho Regional de Economia do Piauí, recomenda a operação de crédito.
Existem três razões para buscar o microcrédito. “Primeiro porque o microcrédito disponibiliza um capital emergente para a comprar algo necessário para a produção. Segundo porque hoje ele é configurado com uma taxa de juros acessível, então a sociedade acaba buscando esse microcrédito ao invés de um financiamento de capital de giro convencional, que tem taxas maiores. Por último, Também tem a questão da facilidade de adquirir o crédito, pois não há a necessidade de tantas burocracias. Eles pedem três extratos bancários e o empreendedor já consegue o crédito”, explica o economista.
Dorgilan Rodrigues da Cruz ressalta que muitas pessoas podem repensar certas compras, mesmo em âmbito doméstico. “As taxas de juros do microcrédito são inferiores ao cheque especial e o cartão de crédito. Uma pessoa que quer um computador para fomentar o processo de produção, pode conseguir um desconto a vista a partir do valor sacado com o microcrédito. Acaba tendo um desconto com relação ao cartão de crédito, principalmente em relação ao crédito rotativo”, aponta.
A melhor opção de microcrédito termina sendo a do BNB, “O Crediamigo do Banco do Nordeste é a melhor opção porque é subsidiado e têm juros mais baixos. Além do acesso mais fácil, que não exige todas as documentações de um empréstimo, como certidões negativas, cnpj, razão social e outros fatores”, finaliza o economista. (L.A.)