Mulher chama policial de macaco e é condenada a 11 anos de reclusão

O militar estava atendendo uma chamada de briga familiar

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Uma mulher foi condenada a 11 anos, em regime aberto, pelo crime de racismo após chamar um policial militar de “macaco”, em Belo Horizonte.

O crime aconteceu quando a PM foi acionada para atender um caso de briga familiar. Segundo a vítima, o cabo Deyvson Paulo Nazaré, chegou para tentar conter a situação, e foi aí que as agressões verbais tiveram início.

" A mulher se enfureceu e começou a proferir palavras do tipo “macaco”, disse o policial.

A mulher, que não quis se identificar, apresentou uma outra versão do acontecimento. Ela conta que resolveu chamar a polícia depois que o marido e o filho dela começaram a brigar dentro de casa. Quando a polícia chegou 30 minutos após o início da confusão, a briga já estava acontecendo em uma praça próximo à casa da família. De acordo com a mulher, ela e o cabo Nazaré  teriam se desentendido e, ambos, teriam trocado xingamentos na praça.

Apesar do desentendimento com a mulher, o cabo Nazaré lamenta o acontecimento de casos de injúria racial tanto com ele, quanto com outras pessoas.

O caso foi encaminhado à justiça e a indiciada foi condenada tanto por desacato, quanto por injúria racial. A presidente da Comissão de Direito Penal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Contagem, Alessandra de Abreu e Silva, destaca quais instâncias devem ser procuradas em casos de ações racistas.

" Uma vez que a vítima sofre tanto atos de racismo, quanto de injúria racial, ela pode procurar a autoridade policial ou o Ministério Público para que seja iniciada uma ação penal contra o agressor. "

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