Uma consumidora de Santos, no litoral de São Paulo, encontrou uma substância estranha quando servia ao filho um copo de suco de pêssego que havia comprado em um mercado ao lado da própria casa. Preocupada, Ana Carina Siqueira resolveu acionar a empresa com medo de que o produto estivesse contaminado. As fotos do produto circularam durante toda a semana nas redes sociais e, em pouco tempo, foram compartilhadas por milhares de pessoas que, nos comentários, se mostravam indignadas com a situação.
Ana Carina comprou o produto e o deixou guardado para consumir no dia seguinte. ?Quando abri não vi nada de diferente. Servi para a minha família e ninguém notou nada. Quando fui encher o último copo começou a sair essa coisa. Assim que vi me lembrou um cordão umbilical?. Ana contou que abriu a caixa e viu que havia mais da substância no fundo da caixa.
Ana ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (Sac) da empresa, que informou que mandaria um representante para avaliar o produto e caso fosse constado algum problema retirariam o lote do mercado.
A consumidora postou a foto da caixa do suco em uma rede social com uma mensagem de alerta. ?Prestem atenção. Se vocês tiverem esse produto em casa não consumam sem antes colocá-lo em uma garrafa de vidro para se certificarem que o produto está bom?, escreveu. Ana disse ainda estar se sentindo lesada.
A assessoria de imprensa da Sufresh respondeu em nota que um representante da empresa iria retirar o produto para análise, conforme combinado com a consumidora pelo Sac.
A nota diz ainda que não há como responder o que aconteceu sem levar o produto para análise e que esse caso é atípico, considerando que a produção ocorre em sistema fechado e somente os produtos dentro das especificações são liberados para serem embalados. ?O sistema de envase é asséptico, não havendo contato do produto com o meio externo ou com operadores. Análises de qualidade, sensorial e físico-química são conduzidas, por auditores e técnicos devidamente capacitados, em toda cadeia produtiva, desde água, matéria-prima até o produto final para verificação dos parâmetros especificados. Além disso, análises microbiológicas são realizadas em todos os lotes e somente os dentro do padrão de qualidade são liberados?, afirma a empresa.
A empresa responsável pelo produto encerra a nota dizendo que as alterações nos produtos podem ser decorrentes da armazenagem inadequada nos pontos de venda, o que também só poderá ser confirmado após análise da amostra recolhida.