No quinto mês de gestação, a fotógrafa norte-americana Lindsey Paradiso, que mora no estado da Virgínia (Estados Unidos), precisou tomar uma difícil decisão. Omara, que crescia em seu ventre, não sobreviveria até o parto, pois um tumor inoperável estava crescendo com ela. Lindsey, então, optou pelo aborto.
Com fotos e vídeos que registraram as vinte e três semanas de gestação, ela publicou: "Esse é o fim de uma gravidez desejada. Esse é um aborto tardio. Não foi desejado. Não foi uma 'saída'. Não foi controle de natalidade. Foi desolador, de partir o coração. O governo não faz parte disso".
A publicação repercutiu: mais de 88 mil curtidas e 115 mil compartilhamentos. Com isso, a postagem recebeu e milhares que comentários, que continuam aumentando a cada dia, e muitas críticas entre eles.
Em resposta, Lindsey explicou que o tumor de Omara crescia no cérebro, pulmões e coração. "Ela não viveria até o parto. Se eu tivesse esperado a oportunidade de fazer um aborto legal, ela teria morrido em meu ventre, e eu teria que carregar o corpo dela (enquanto o meu começaria a entrar em colapso)", escreve ela. "Nós optamos por interromper a gravidez e 'dar à luz' ela totalmente intacta. Por causa dessa decisão pudemos segurá-la e dizer adeus".
Ela acrescentou que decidiu narrar a história para enfatizar a importância da descriminalização do aborto. No estado da Virgínia, a prática é legalizada em alguns casos durante o segundo semestre da gravidez, o que permitiu ao casal se despedir de Omara.