Devido à grande quantidade de assaltos aos transportes públicos em Teresina, o Ministério Público do Piauí (MP-PI), através do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GACEP), instaurou procedimento integrado junto às Promotorias de Justiça de Teresina.
Os roubos em coletivos têm deixado os usuários muito assustados. Só este ano foram registrados cerca de 35 assaltos na capital piauiense. Os bandidos, além de roubarem o motorista, cobrador e passageiros, em muitos casos, obrigam o motorista a mudar a rota do coletivo.
A promotora e coordenadora do GACEP, Fabrícia Barbosa, explica que o procedimento terá a atuação das Promotorias de Defesa do Consumidor, do Meio Ambiente e de Urbanismo de Teresina, e do Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública.
"Nesse procedimento integrado, nós fizemos um apanhado na Legislação Nacional, Estadual e Municipal, no sentido de buscar toda a normatividade e exigência legal, para que o transporte coletivo seja prestado de uma forma segura. Estamos fazendo todo esse apanhado, e todas as instituições policiais e do município foram oficiadas a prestarem informações", diz Fabrícia Barbosa.
Segundo ela, foram solicitados do secretário estadual de Segurança Pública, Fábio Abreu, dados estatísticos e de georreferenciamento sobre os crimes ocorridos em transportes públicos coletivos, nos últimos 12 meses.
"Inicialmente, solicitamos informações da Secretaria de Segurança Pública, no sentido de que apresente dados sobre o georreferenciamento da criminalidade nos ônibus. Queremos saber quais os locais com maior demanda, o horário, para que possamos cobrar, aqui, o policiamento ostensivo, para que ele seja realizado de forma inteligente”, acrescenta a promotora de Justiça.
Ela diz ainda que o órgão está buscando, também, a integração das Polícias Militar, Civil e da Guarda Municipal, no sentido de que elas se coordenem para melhor prestar um serviço à sociedade. "Eu tenho uma exigência legal a respeito do monitoramento eletrônico, nesses ônibus, em Teresina. Qual a quantidade de ônibus que tem esse monitoramento, onde chegam as imagens, se on-line. Eu tenho um encaminhamento sobre se a Polícia Civil faz investigação com essas imagens", reitera Fabrícia Barbosa, acrescentando que os órgãos de monitoramento terão dez dias para responder ao Ministério Público.