Os centros de acolhimento para adolescentes em conflito com a lei: Centro Educacional Masculino (CEM), programa Semiliberdade, Centro de Internação Provisória (CEIP) e Centro Educacional Feminino (CEF) passaram por inspeção do Ministério Público do Piauí (MP-PI) na terça-feira (24) e na quarta (25).
As vistorias foram realizadas pelo promotor de Justiça Maurício Verdejo, auxiliar da 46ª Promotoria de Justiça, que dentre outras atribuições, tem competência para “inspecionar entidades de acolhimento institucional e programas de acolhimento familiar”. A prerrogativa para as vistorias está prevista na resolução 67 de março de 2011, do Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, pelos membros do MP, acompanhado de servidores das áreas de psicologia e serviço social.
Conforme o promotor, “a reforma e ampliação do Centro Educacional Masculino iniciou por ação do Ministério Público, o grande problema é a obra que nunca termina. A coordenadora nova reformou, de forma provisória, a quadra, o campo de futebol e colocou novas atividades para os adolescentes, a limpeza está melhor, mas nem aparece diante da falta de estrutura”, pontua.
Segundo Maurício Verdejo, o CEM vem passando por melhorias, embora ainda esteja com a estrutura ruim. “O número de funcionários aumentou, teve um teste seletivo recentemente, a questão de pessoal está melhorando, mas a estrutura continua precária”, enfatizou.
O promotor Verdejo apontou também problemas no Semiliberdade, como a falta de atividades para os adolescentes e a falta de gestão. “Foi feita a reforma, mas por falta de gestão está tudo destruído, ou seja, não adiantou nada a reforma se não mantém uma gestão que coloque disciplina e desenvolva atividades para os adolescentes, eles ficam aqui sem fazer nada”.