Nesta segunda-feira,10, o Ministério Público, começa a ouvir as testemunhas e os parentes dos 27 mortos na operação policial Jacarezinho, que ocorreu na última quinta-feira (6), na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ainda na tarde de hoje, ocorre uma reunião com as famílias dos mortos na Defensoria Pública do Rio, no Centro. Na tratativa também terá as presenças das Comissões de Direitos Humanos da Alerj e da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro.
O inspetor da polícia André André Leonardo de Mello Frias também foi morto na operação após ser atingido por um tiro na cabeça assim que iniciou o conflito. Frias tinha acabado de descer do Caveirão, o veículo blindado da Polícia Civil, quando foi baleado.
Informações do G1, indicam que, entre os suspeitos mortos, havia 24 com antecedentes criminais. Em uma operação que contou com 200 agentes, 26 armas dos policiais foram apreendidas.
Mortes por intervenção policial
Os registros de ocorrência da operação do Jacarezinho também mostraram que todas as mortes foram registradas da mesma forma: Morte por Intervenção de Agente do Estado.
Em agosto de 2020, o Supremo Tribunal Federal proibiu operações durante a pandemia, exceto em situações excepcionais. Desde então, 944 pessoas morreram em operações policiais no Rio de Janeiro.
Relatório
Um relatório de Inteligência da Polícia Civil feito após a operação cita que foram 23 suspeitos indiciados por aliciamento de menores para o tráfico de drogas. Desses 23, quatro morreram na última quinta-feira (6). São eles:
Richard Gabriel da Silva Ferreira
Rômulo Oliveira Lucio
Maurício Ferreira da Silva
Isaac Pinheiro de Oliveira
A investigação da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente foi uma das justificativas para a ação na região. O relatório frisa que a região é tomada por barricadas construídas pelos traficantes para dificultar a ação da Polícia Civil.