Os trabalhadores da classe dos motoristas estão acompanhando uma audiência de conciliação entre os Sindicato dos Trabalhadores e Empresas do Transporte Rodoviário (SINTETRO) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) no Tribunal Regional do Trabalho. Representantes dos motoristas e empresários podem chegar em acordo e acabar com a greve que já dura cinco dias. Os usuários do transporte público de Teresina ainda enfrentam grandes transtornos na manhã desta sexta-feira (08).
Francisco Sousa, Secretário de previdência social da SINTETRO, explica que a classe vai acompanhar a reunião esperançosa.
"Esperamos uma definição favorável para a classe. Os empresários já estão se negando em alguns pontos das nossas demandas e colocando alguns pedidos deles que ferem as nossas conquistas nos últimos 30 anos de luta".
Francisco se refere a proposta que os empresários estão fazendo para a mudança do plano de saúde dos trabalhadores e da volta da dupla jornada de trabalho.
O diretor do (SINTETRO), Ajuri Dias, informou que a classe pode realizar uma manifestação na manhã desta sexta-feira em Teresina."Nós estamos mantendo a paralisação, é o quinto dia e não temos novidades desde as últimas negociações que não deram certo. Teremos uma reunião agora pela manhã para definir atividades para hoje, temos a possibilidade de uma manifestação", informou o diretor.
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsitos (STRANS) informou que o número de veículos cadastrados para atender a população é de 116 na manhã de hoje. Os usuários do transporte público continuam pagando os valores de R$ 3,85 na inteira e R$ 1,28 na meia (mediante apresentação de carteira de estudante).
A comerciaria Izenilde Aguiar afirmou que na noite da última quinta-feira (07) não havia linhas circulando pelo centro. "Eu caminhei da Frei Serafim até a Macaúba com mais duas amigas. Até pensamo sem pegar um transporte de aplicativo mais estava muito caro", conta. Além dela, ainda na noite de ontem, outros trabalhadores foram visto caminhando pela BR-316 como prova de que a volta para casa foi exaustiva.