Motoristas e cobradores de ônibus da empresa Emtracol realizam, nesta quarta-feira (19), uma paralisação no transporte público de Teresina. A motivação seria cinco meses de atraso no pagamento dos trabalhadores e a falta de perspectiva na efetuação dos pagamentos.
A empresa, participante do Consórcio Theresina, atua na zona Sudeste da capital. Os bairros afetados pela paralisação no transporte são Boquinha, Jardim Europa, Parque Jurema, Redonda, Sete Ladeiras e Taboca do Pau Ferrado.
Os trabalhadores afirmam estarem em uma situação insustentável, pois além da retirada do auxílio alimentação, não recebem seus salários desde o mês de janeiro de 2021. Até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviário (Sintetro) não tem participação no ato.
Anteriormente, no mês de março deste ano, os trabalhadores chegaram a paralisar e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) garantiu ao presidente do Consórcio Theresina que faria o repasse.
Agora, apesar de um acordo que houve entre o Sintetro e o Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI), os trabalhadores voltam a protestar pois afirmam que o repasse não foi feito. Apesar do Consórcio Theresina ser comporto por cinco empresas, a Emtracol é a única que não está realizando os pagamentos dos motoristas e cobradores.
CPI do Transporte
Paralela à paralisação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Teresina, deu início às oitivas nesta terça-feira (18) na Câmara Municipal. A CPI tem como objetivo identificar possíveis irregularidades nos contratos e na prestação dos serviços na capital e é presidida pelo vereador Dudu Borges (PT).
Foram ouvidos os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário (Sintetro), do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) e um perito que presta serviços à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).