Acidente com ônibus no Rio abre discussão sobre transporte público em THE

É muito fácil colocar a culpa no motorista, mas temos que ver todos os aspectos.

Valdeílson Sousa, presidente do Sindicato dos Motoristas de Ônibus | Andrê Nascimento
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Cobrança excessiva por parte dos patrões, salários baixos e o grande stress. É pelo que passam os motoristas de ônibus de Teresina, segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas, Valdeílson Sousa. Segundo ele, motoristas de ônibus estão entre os profissionais que mais sofrem de stress. "É bom lembrar que existe uma gestão por trás do motorista.É muito fácil colocar a culpa no motorista, mas temos que ver todos os aspectos.", disse Valdeílson.

Após o acidente com um ônibus coletivo na cidade do Rio de Janeiro na tarde de ontem, em que um veículo caiu de um viaduto, causando a morte de sete pessoas, a discussão sobre a segurança do transporte coletivo se tornou tema de discussões. No caso do Rio, o acidente teria sido causado por um passageiro que agrediu o motorista com um chute após discutirem. O motorista não teria parado onde o passageiro solicitara.

Em Teresina, a principal queixa é com relação a velocidade. Os passageiros reclamam que os motoristas dirigem em alta velocidade. Quando se atrasam, os motoristas tentam de qualquer maneira ganhar tempo, e assim, aceleram. O presidente do sindicato culpa os patrões, que segundo ele, exigem que os motoristas atrasados consigam acertar o tempo.

José Borges, presidente do Sindicato dos Passageiros, disse que a discussão é importante, não só para a questão da velocidade, como do tempo de espera. "Um absurdo, passageiro passa até 40 minutos esperando", comentou. Ele disse que a STRANS não fiscaliza as paradas e os ônibus, as condições em que os passageiros estão. "A STRANS só está lá para multar carros", afirmou.

José Borges, presidente do Sindicato dos Passageiros (Foto: Andrê Nascimento)

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