Motorista envolvido em acidente com Shaolin será ouvido

Na primeira audiência do processo, em março deste ano, testemunhas foram ouvidas.

Humorista Shaolin | Reprodução
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O motorista envolvido no acidente com o humorista Shaolin, Jobson Clemente Benício, de 23 anos, será ouvido no dia 31 de julho pela Justiça da Paraíba. É a primeira vez que ele se pronunciará na Justiça depois da conclusão do inquérito. Ele responde processo por lesão corporal e omissão de socorro, por ter fugido do local do acidente.

O acidente ocorreu em Campina Grande no dia 18 de janeiro de 2011. Benício teria invadido a faixa contrária da rodovia BR-230 e atingido o carro em que o humorista estava. O motorista será ouvido em Sapé, cidade em que mora, na Paraíba, no Fórum Desembargador Joaquim Madruga.

A primeira audiência do caso ocorreu no dia 13 de maço, no Fórum Afonso Campos, em Campina Grande (PB). Foram ouvidas as oito testemunhas de defesa e de acusação, além do motorista que estava presente, mas não falou.

Antes dos depoimentos, todas as testemunhas se reuniram na sala de audiência. Foi quando Laudiceia Veloso, mulher do Shaolin, e Jobson estiveram próximos por alguns minutos.

? Foi ruim, eu não me senti bem. [Estar ao lado de Jobson] te leva para o dia do acidente, para o momento em que você recebeu a notícia e em que você chega no hospital e vê o estado dele. Isso tudo passou pela minha cabeça no momento em que eu passei naquela sala que eu vi o rapaz.

Quase todas as testemunhas convocadas pela defesa e acusação compareceram à audiência. O enfermeiro Linaldo Rodrigues, o primeiro a socorrer Shaolin, estava lá. Assim como os policiais rodoviários Marcelo Rodrigues e Fernanda Guedes.

Da família do humorista, foram convocados Joverlaine, o irmão mais novo do humorista, e Laudiceia.

Depois de seis horas, o julgamento foi suspenso. Algumas testemunhas da defesa moram em outras cidades e ainda serão ouvidas. Na saída, Benício saiu rapidamente ao lado da esposa e, novamente, não falou com a imprensa.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público por crime de trânsito sem dolo eventual. Isso quer dizer que não existem agravantes na acusação. Em casos assim, o motorista não vai a júri popular e a sentença é definida pelo juiz.

A pena máxima prevista para lesão corporal e omissão de socorro no transito é de dois anos para cada infração. Para o promotor Luciano Maracajá, que acompanha o caso de Shaolin, o código de trânsito no Brasil favorece o infrator.

? A soma dos dois crimes praticados pelo Jobson pode resultar em uma condenação máxima de quatro anos. Essa pena pode ser transformada em restritiva de direito. Ao invés de o indivíduo ir para o cárcere para refletir sobre o mal que causou, ele vai simplesmente ter que prestar um serviço à comunidade ou ter a carteira de habilitação suspensa, por exemplo.

A sentença do juiz deve sair dentro ou após a audiência com o motorista. Quando isso acontecer, a fase processual do caso estará encerrada, mas ele poderá recorrer da sentença.

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