Motor apaga em cima dos trilhos de ferrovia e trem arrasta carro

Quatro pessoas da mesma família estavam dentro do veículo

Trem arrasta fusca | Reprodução
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Um carro foi arrastado por um trem depois que o motor apagou quando passava em cima da linha férrea da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) no Bairro Niterói em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado. Quatro pessoas da mesma família que estavam no carro saíram correndo ao perceber que seriam atingidos pelo trem. Duas pessoas tiveram ferimentos leves.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o carro que seguia sentido Bairro Niterói para o Bairro São Bento apagou em cima da linha do trem. O motorista tentou religar o veículo, mas não conseguiu. ?Quando os ocupantes viram que o trem estava próximo todos eles desceram do carro e correram. Foi quando o trem veio e arrastou veículo que por sorte estava vazio?, contou o cabo Antônio Carlos da Silva.

Ainda de acordo com o cabo Antônio, o motorista do carro, Fabrício Alexandre Santiago e a esposa Eliane de Oliveira se feriram ao saltarem de dentro do veículo. ?Os dois tiveram ferimentos leves. Se machucaram enquanto tentavam escapar do trem?, disse. Eles foram encaminhados para o Pronto-Socorro da cidade.

O servente Everton Bernardo da Silva é parente do motorista e também estava no carro. Ele contou que quando o trem se aproximou, houve tumulto e desespero. ?Eu vi a morte. O trem vinha em nossa direção buzinando. Eu sinceramente achei que ia morrer. Todo mundo começou a gritar, foi um desespero danado. Apesar de ter sido rápido foi muito desesperador?, concluiu.

Falta de sinalização

O local é um cruzamento de ruas de bastante movimento com a linha férrea. Os moradores reclamam da falta de sinalização e cancela.

Segundo o chefe de estação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Fernando Eduardo Maciel, os itens de segurança já foram solicitados à Prefeitura. ?Já solicitamos essa sinalização e a cancela para o local, mas até hoje não providenciaram, é perigoso esse cruzamento?, disse.

Segundo o coordenador de planejamento viário do município, Claiton José de Souza, o cruzamento tem tudo o que determina a legislação.

?Existe a cancela, um canceleiro. Não podemos afirmar o problema é na sinalização. O que está lá, atualmente, é o que determina a fiscalização?, disse.

O problema, segundo ele, está no desrespeito. ?O que a gente observa é o desrespeito à cancela. Querem avançar quando ela começa a fechar para não ter que esperar três ou quatro minutos que o trem passa?, concluiu.

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