Após a confirmação da identificação do cadáver, o corpo do menino Juan será novamente enterrado na manhã desta sexta-feira (28) no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.Nesta quinta-feira (27), a Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que o corpo exumado no dia 17 de agosto, no Cemitério de Nova Iguaçu, era do menino Juan Moraes, de 11 anos.
Na noite do dia 20 de junho, Juan vinha da casa de um amigo com o irmão de 14 anos, quando foi atingido na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O irmão e outro jovem, de 19 anos, ficaram feridos. O corpo da vítima foi encontrado nas proximidades do Rio Botas, dias depois e identificado inicialmente por uma perita no local como sendo o corpo de uma menina. Quatro policiais militares são suspeitos de envolvimento no crime.
De acordo com a Defensoria, foram realizados novos exames de tipagem genética por DNA, cadavérico e antropológico, a pedido do defensor público Antonio Carlos Oliveira, que representa o PM Edilberto Barros do Nascimento, um dos quatro policiais militares presos suspeitos da morte de Juan.
De acordo com a defensoria, os novos exames confirmaram graves contradições técnicas periciais e distorções ocorridas durante o inquérito policial, que serão questionadas judicialmente a partir da próxima semana.
Ainda segundo a defensoria, o que se pode concluir é que não há mais necessidade de permanência do cadáver de Juan Moraes Neves na sede do IML do Rio de Janeiro, podendo ser providenciado o novo sepultamento.
Os irmãos e pais de Juan foram inseridos no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAM), da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
O corpo foi exumado em 17 de agosto. A amostras do material foram encaminhadas a três laboratórios diferentes, sendo que o resultado foi adiado duas vezes pela não apresentação dos pais.