Morreu nesta sexta-feira (27), o jornalista David Coimbra, aos 60 anos, vítima de um câncer no rim descoberto em 2013. O profissional estava internado desde domingo (22) no Hospital Moinho dos Ventos para tratar a enfermidade. David deixa a esposa, Márcia, e o filho, Bernardo, de 13 anos.
Em sua batalha contra a doença, o jornalista viajava para para Boston, nos Estados Unidos, e o Brasil, afim de realizar tratamento experimental. O câncer foi tema do último livro de David Coimbra, "Hoje eu venci o câncer", publicado em 2018, no qual a personalidade relata como descobriu e quais métodos o ajudaram no tratamento.
Formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), David Coimbra trabalhou como assessor de imprensa da Livraria e Editora Sulina antes de dar início à carreira de repórter e editor, sob a qual fez carreira em jornais como Correio do Povo, Diário Catarinense, Jornal da Manhã, Jornal NH e Jornal de Santa Catarina, além das rádios Eldorado e Guaíba e da RCE TV.
Assumiu como editor de Esportes de Zero Hora nos anos de 1990 e promoveu uma mudança de forma e conteúdo. Nas reportagens que estimulava sua equipe a fazer, tão relevante quanto o resultado em campo eram as histórias que o futebol proporcionava. Também passou a cobrir a Seleção Brasileira, e foi na Copa de 1998 que estreou a faceta que o tornou mais conhecido: a de cronista.
Atualmente, David escrevia uma coluna diária no jornal Zero Hora e participava dos programas Timeline e Sala de Redação, na Rádio Gaúcha. No extinto canal TV Com, era membro frequente dos programas Bate-Bola e Café TV Com.
Além da atuação como jornalista, é autor dos romances "Canibais - paixão e morte na Rua do Arvoredo" (2004) e "Jô na estrada" (2010), além dos livros de ensaios históricos "Jogo de damas" (2007) e "Uma história do mundo" (2012), das coletâneas de crônicas "Mulheres!" (2005) e "Um trem para a Suíça" (2011), entre outros.