“Mordi o pit bull para salvar meu irmão”, diz jovem de PE

“Mordi o pit bull para salvar meu irmão”, diz jovem de PE

"Mordi o pit bull para salvar meu irmão", diz jovem de PE | Divulgação
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A jovem que lutou com dois c?es da ra?a pit bull para salvar o irm?o de 8 anos, em Jaboat?o dos Guararapes (PE), sabe que ainda vai levar muito tempo para que sua rotina volte ao normal. Ela passou por cirurgias e ficou internada 19 dias. O ataque aconteceu em 24 de novembro.

Diariamente, Danielle Ferreira, de 22 anos, faz tratamento com fisioterapeutas e fonoaudi?logos para reaprender a falar e a respirar, ap?s passar por cirurgias de reconstru??o da face. Ela tamb?m se submete a sess?es de drenagem linf?tica para aliviar o incha?o do rosto.

Danielle contou ao G1 que ficou transtornada quando viu o irm?o, Pedro Henrique Jos? da Silva, ser atacado e est? convicta de que, se n?o tivesse interferido, o garoto teria morrido. ?Ouvi minha m?e pedindo para ele descer do muro onde estava sentado e eu fui ajud?-lo. Foi quando o cachorro do vizinho mordeu a bermuda dele e o puxou?, diz Danielle, que pulou o muro para socorrer o irm?o e viu o momento em que o pit bull do vizinho mordeu a nuca do garoto.

?Fiquei t?o transtornada que comecei a chutar o bicho, mas ele n?o soltava, ent?o eu me atraquei com ele, bati muito. At? mordi o pit bull para salvar meu irm?o, foi quando o cachorro largou Pedro?, afirma. O c?o soltou o irm?o e mordeu Danielle. Pouco depois, o outro pit bull que estava no quintal tamb?m atacou a jovem. Dois vizinhos que passavam pelo local socorreram a garota e o menino.

Um dos rapazes atirou em um dos animais, que morreu. O outro c?o fugiu, mas reapareceu alguns dias depois e continua na casa da vizinha, segundo Danielle. Ela disse que os donos dos c?es n?o ajudaram a pagar as despesas. "Eles falaram comigo apenas uma vez ap?s o ataque", diz.

Otimismo

Apesar de estar com o cabelo raspado, por causa de uma cirurgia na cabe?a, e com o rosto ainda inchado, Danielle procura se manter otimista. ?Agora n?o ? hora de pensar em vaidade. O importante ? que estou viva e salvei meu irm?o. Faria tudo novamente se fosse preciso?, diz.

A jovem contou que m?dicos estimam que sua recupera??o demore cerca de um ano e meio. ?Meu rosto ainda est? com muitos pontos, n?o consigo mastigar e s? me alimento com l?quidos. No ano que vem, vou fazer pl?sticas para tentar acabar com as cicatrizes, mas n?o ? o que me preocupa agora.?

Danielle, que est? no ?ltimo semestre do curso de Zootecnia, lamenta apenas que o ataque fez com que desistisse de muitos planos. Ela pretendia fazer um est?gio no exterior, mas n?o poder? ir por causa do tratamento prolongado.

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