Os moradores da Rua Coronel Fernando Paes Soares, no Bairro Santo Antônio, zona Sul, têm se queixado pela falta de calçamento. O chão que ainda é de barro pisado, em dias chuvosos se torna um pesadelo para quem precisa acessar a área, pela intensa lama e formação de buracos.
Além disso, na rua há terrenos baldios que têm sido pontos para formação de lixão, onde são despejados lixos domésticos, restos de construções e até animais mortos. Isso tem ocorrido mesmo com o caminhão de coleta assistindo essa população.
A moradora Valdete Fortes, que trabalha como vendedora, afirma ter procurado algumas vezes a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU/Sul), porém não obteve retorno do órgão. "Estou cansada de ir à SDU para ver a questão do calçamento, procurei até a associação de bairro e nada. Só promessas. Sempre enrolam a gente", desabafa.
Valdete Fortes mora há nove anos na Rua Coronel Fernando Paes e explica que para amenizar os buracos que se abrem no espaço, junto com a vizinhança, despeja entulhos e materiais.
"Todo ano eu tenho que colocar carrada de material na rua, se eu quero entrar em casa. Porque com as chuvas, os buracos e a inclinação ficam sempre maiores", destaca, que acrescenta ainda que além da lama e dos buracos, as ruas estão cheias de mato e lixo nos terrenos baldios.
Para Clarissa dos Santos, dona de casa, os terrenos baldios na rua têm sido alvos de mosquito da dengue e também de queimadas, o que tem piorado o seu problema alérgico. "Não tem quem aguente quando queimam o lixo que fica nesses terrenos. Chego a ficar tonta e sem ar. Queria que, pelo menos, ajeitasse o calçamento quando chovesse, porque a rua vira um lamaçal. Alaga tudo", almeja a moradora.
A equipe do Jornal Meio Norte entrou em contato com a SDU/Sul para comentar a situação. Segundo Renato Lopes, gerente de Serviços Urbanos da SDU, quanto ao calçamento, os moradores devem procurar a superintendência para saber se há projetos de calçamentos, caso não haja, estes devem formalizar a solicitação mediante ao órgão.
Sobre o lixo em terrenos baldios, o gerente de serviços urbanos orienta que os proprietários realizem a limpeza da área e ainda construa muros para evitar despejos de lixos. E ainda o morador que presenciar tal prática deve denunciar à SDU/Sul.
A SDU/ Sul implantou na região, no final do mês de junho, a Lei de Lixo Zero, que proíbe pessoas físicas e jurídicas de despejarem lixo em terrenos baldios.
Quem for pego infringindo a lei poderá pagar multa que varia de R$ 100 a R$ 5 mil, vai depender da gravidade da ação. A iniciativa conta com o apoio da Strans, Secretaria de Meio Ambiente, Gerência de Controle e Fiscalização da SDU/Sul.