Moradores criam barreiras em rua com receio do trânsito violento

Moradores criam barreiras em rua com receio do trânsito violento

Ruas | Moises Saba
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Desde a obra de recapeamento, o cruzamento das Ruas 13 de Maio com a Henrique Dias, no Bairro Vermelha, zona Sul de Teresina, tem sido palco de diversos acidentes de trânsito.

Segundo os moradores, em 15 dias ocorreram 13 acidentes e uma morte, quatro deles ocorreram na terça-feira passada. Para tentar amenizar a situação, a população improvisa barreiras com pedras, madeira e até entulho na tentativa de evitar acidentes e proteger suas residências dos carros desgovernados.

A moradora aposentada Filomena da Silva Oliveira conta que o cruzamento sempre foi perigoso, mas depois da reforma da pista, os acidentes começaram a ficar mais graves.

“Os acidentes são constantes, eu fico muito apreensiva, com medo de alguém se machucar. Os veículos não estão respeitando o trânsito, eles vêm em alta velocidade. Agora com a nova pista eles passam bem rápido, não tem nem como diminuírem a velocidade”, explica.

Na terça-feira passada, quatro acidentes aconteceram entre o período da manhã até a noite, quando a um motociclista morreu. Filomena comenta que procurou a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (STRANS) para tentar resolver o problema, mas nada foi feito.

“Nós estamos entrando em contato com eles desde a morte do rapaz, mas a resposta é que sempre vão vir. Eu mesma já fui na STRANS quatro vezes semana passada e na última vez me prometeram uma equipe para virem olhar a situação. Como um carro uma vez invadiu a minha casa, mandei colocar uns blocos de concreto na frente”, revela a senhora, angustiada.

Cansada de esperar, a população teve que improvisar. Na casa do estudante de Serviço Social, Igor Moura, toda a família se juntou para colocar uma barreira no centro do cruzamento, obrigando os carros a diminuir a velocidade e prestar atenção em quem está passando. “Nós tivemos que fazer alguma coisa, juntamos galhos, pedras e madeira.

Não podíamos ficar parados depois que o rapaz morreu bem na nossa calçada. Eles reformaram a pista, mas foi inacabado, não colocaram toda a sinalização necessária, só uma plana na esquina. Pelo menos nosso improviso tem diminuído os acidentes.

A STRANS informa que a sinalização vertical está instalada no local e por conta da obra recente do asfalto não é possível colocar a sinalização horizontal, mas no final da próxima semana será instalado.

O diretor de Trânsito, José Falcão, garantiu que até o final do mês todas as sinalizações do cruzamento serão reforçadas para garantir a segurança da população.

Vazamento existe há mais de um ano

Há meses os moradores da Rua Firmino Pires, no Bairro Vermelha, zona Sul de Teresina, convivem com um vazamento de água. Por conta da vazão, um buraco se formou no meio do logradouro, provocando acidentes entre motociclistas distraídos. Mesmo depois de consertado, pouco tempo depois o buraco estava cheio de água novamente, causando transtorno aos moradores.

Morando no local há mais de um ano, Silvana da Silva Moura diz que o vazamento sempre existiu e que os vizinhos já estão cansados de ligarem para a empresa responsável.

"Nós sempre ligamos para a Agespisa, nas vezes que eles vieram o serviço foi feito, mas 15 dias depois a água começou a vazar novamente. Não sabemos mais o que fazer, os carros passam em alta velocidade e molham tudo, a casa nunca fica limpa", conta.

Na tentativa de evitar que o buraco fique maior e provoque mais acidentes, os moradores chegaram a colocar pedras no local. "Alguns vizinhos colocaram pedras dentro do buraco, para tentar deixá-lo mais raso, pois sempre algumas motos caíam nele.

Nunca foi nada sério, pois eles sempre estavam em menor velocidade. Faz tanto tempo que ele está aí, que alguns de nós já acostumamos e nos surpreendemos quando ele está seco", explica a moradora Galma de Araújo.

Lúcia Fernandes questiona a falta de preocupação da Agespisa com o vazamento que dura meses e afirma que a água parada é foco de mosquito da dengue. "Nós sempre vemos notícias que em vários lugares de Teresina está faltando água, aqui temos um desperdício de vários litros por dia e quase nada é feito.

Meus filhos já tiveram dengue este ano, creio que a rua com poças de água seja o motivo de tantas pessoas na rua com a doença", revela a moradora Em nota, a Agespisa informou que os vazamentos na Rua Firmino Pires ocorrem devido ao desgaste da tubulação, que é antiga, de cimento e amianto.

A empresa já substituiu 158,4 km de rede em Teresina e está elaborando um projeto de trocar a tubulação em outras áreas da capital. A nova tubulação instalada é de PVC, material mais resistente, que reduz a ocorrência de vazamentos.

De acordo com a empresa, ainda ontem (18) o vazamento foi corrigido no local e lembra que a Agespisa recebe reclamações de vazamento e falta de água 24 horas por dia, inclusive feriados, pelo telefone 0800 086 8888. 

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