Montadora chinesa mostra 1º modelo e promete carro mais barato do Brasil

QQ será vendido por R$ 22,9 mil no País, de acordo com a empresa

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 A montadora chinesa Chery, que mostrou nesta quinta-feira o utilitário esportivo Tiggo, em São Paulo, anunciou que pretende trazer mais três modelos para o Brasil até o final do ano, um deles para o mercado de carros populares. O QQ será vendido por R$ 22,9 mil no País, de acordo com a empresa. Segundo dados da tabela elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o QQ seria o carro mais barato do País, batendo o Uno, da Fiat, que custava R$ 23,6 mil em julho.

A Chery já possui 31 concessionárias em 14 Estados do País e pretende fechar 2009 com 55 revendedores, em 20 unidades da federação. A montadora importará os modelos vendidos no mercado nacional. O Tiggo e o Face virão de uma planta no Uruguai, enquanto o QQ e um modelo que ainda não tem nome comercial definido para o País serão trazidos da China. A empresa espera comercializar 4,5 mil carros até o final do ano no Brasil e saltar para 10 mil vendas em 2010.

O primeiro modelo trazido ao País, o Tiggo, é um utilitário esportivo leve, que concorrerá na faixa de preço do Ecosport, da Ford. O carro chinês chegará às concessionárias no final da semana que vem por R$ 49,9 mil. Ele tem motor 2.0 l, de 135 cavalos de potência, e atinge velocidade máxima de 165 km/h.

O modelo virá equipado com vidros e travas elétricas; freios anti-travamento e distribuição eletrônica de frenagem; air bags frontais; ar condicionado e direção hidráulica. Já o QQ terá motor 1.1 litro e concorrerá com os populares nacionais como Uno, Ka, Gol e Celta, além do chinês M100, da Effa. O Face (que tem o nome A1 no mercado chinês) chegará ao Brasil com preço de R$ 29,9 mil e concorrerá no segmento monovolume, do Meriva, da General Motors (GM). Já o quarto modelo, ainda sem nome, mas que é chamado de A3 na China, é um esportivo que terá versões hatch e sedã e será vendido por R$ 42,9 mil no País.

A Chery pretende fazer um concurso para eleger o nome do carro. Segundo o diretor executivo das operações da Chery no Brasil, Luís Curi, a ideia da montadora em sua operação no País é eliminar o "a partir de" nos valores de comercialização, oferecendo apenas modelos completos a preços competitivos. "O Brasil é o grande teste da Chery nos mercados ocidentais", afirmou ele, ressaltando que a empresa estudava sua entrada no mercado brasileiro há dois anos. Curi disse ainda que a montadora pretende alterar o estigma de que os produtos chineses são "baratos e sem qualidade", afirmando que o mesmo aconteceu há cerca de 15 anos com os automóveis coreanos. "A identidade que queremos mostrar no Brasil é de qualidade, robustez e tecnologia".

O diretor afirmou que o abastecimento de peças para reposição é "mais que suficiente" e destacou o fato do modelo ter 3 anos de garantia total, com assistência 24 horas por dia, sete dias por semana. Ele não soube informar o valor do seguro do Tiggo, pois ele ainda estaria sob análise das empresas do setor. Mas informou que o valor deve ser compatível com o preço de venda do modelo.

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