Moeda de R$ 1 pode valer até R$ 400, saiba como identificar defeitos valiosos

Em geral, moedas com defeitos podem ter valor para colecionadores, especialmente se o defeito for raro ou particularmente interessante

Coleção de moedas | Leandro Tavares
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Moedas com algum tipo de defeito são aquelas que foram cunhadas( processo pelo qual as moedas passam para serem gravadas) com imperfeições durante o processo de produção. Essas imperfeições podem variar de pequenos erros a falhas significativas que afetam o valor e a autenticidade da moeda.

Em geral, moedas com defeitos podem ter valor para colecionadores, especialmente se o defeito for raro ou particularmente interessante. Algumas pessoas colecionam especificamente moedas com erros de cunhagem, esses tipos de defeitos podem ter um valor significativo, às vezes transformando moedas de R$ 1 em itens avaliados em até R$ 400.

O colecionador Leandro Tavares, de Campinas, em São Paulo, em entrevista ao G1, detalhou como funciona o mercado do colecionismo e descreveu como passa tempo esse trabalho que realiza desde os 8 anos. Formado em química, apaixonado pela - numismática( é o estudo das moedas e outros objetos com formato de moeda como fichas e medalhas), ele iniciou um curso de pós-graduação na área.

No mundo do colecionismo, há indivíduos que se especializam em períodos específicos, regiões geográficas ou temas particulares, como moedas comemorativas ou aquelas com rostos de personalidades. No entanto, também existem colecionadores dedicados a itens que foram originalmente produzidos com defeitos. Segundo Leandro, essa tradição teria tido origem nos Estados Unidos.

“Quando você coleciona moeda do seu país, depois de pouco tempo, acaba tendo tudo. Então o pessoal começou a procurar alguma coisa a mais e, apesar de ter alguns defeitos bem bizarros, na Casa da Moeda a quantidade produzida é muito grande”, ressalta.

“Teoricamente seria uma moeda das Olimpíadas do atletismo paraolímpico, que dos dois lados dela tem um atleta paraolímpico e não tem a inscrição R$ 1. Você vê vídeos na internet que essa moeda vale R$ 20.000 outro fala que vale R$ 100.000, mas a pessoa não explica direito no vídeo”, explica.

Leandro destaca que os erros de impressão também ocorrem em cédulas. Nesses casos, o lote inteiro precisa ser descartado, e uma nova impressão é feita com a mesma numeração, porém marcada com um asterisco para indicar a segunda edição. Encontrar uma nota do lote que deveria ter sido destruído é uma ocorrência rara e, embora não tenha valor monetário, pode alcançar preços elevados entre os colecionadores.

"O interesse das pessoas em ter aquela moeda é um fator que ajuda a elevar bastante os preços. Alguns erros chegam a valer de R$ 500 a R$ 1.000, mas R$ 20.000 a R$ 100.000 reais é só maluquice da internet mesmo”,disse.

O interesse das pessoas por uma moeda específica é um fator crucial que contribui para o aumento dos preços. O colecionador menciona um exemplo de uma moeda de R$ 1, lançada em 1998, que apresentava a Declaração dos Direitos Humanos em uma das faces. Apesar de ter uma tiragem relativamente baixa, de apenas 600 mil unidades, essa moeda adquiriu um valor significativo entre os colecionadores devido à sua demanda elevada. 

“Todo mundo queria na coleção, então apesar de ser uma moeda de R$ 1, o preço dela tá estabilizado agora em R$ 300, R$ 400, mais ou menos", finaliza.

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