Modelo teria morrido durante cirurgia para colocar silicone por ser dependente de droga

Um exame foi pedido porque o laudo médico sobre a morte dizia que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de drogas

Modelo morreu após fazer cirurgia para colocar silicone nos seios. | Arquivo Pessoal
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Dênia Ferreira de Castro Silva, mãe da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, que morreu ao fazer uma cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia, disse que está inconformada com a morte da filha. ?Ela era um doce, um amor, amiga, companheira. Nunca me deu trabalho. Ela me obedecia e só não me obedeceu nisso. Falei para ela não fazer a cirurgia, mas era o sonho dela?, lamentou a mãe, em entrevista à TV Anhanguera. Ela contesta o laudo médico sobre a morte da filha, que alegou que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de drogas. "Isso não é verdade", garante.

Louanna era de Jataí, no sudoeste de Goiás, e foi eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano. Segundo a família, ela sonhava com a cirurgia. A jovem faleceu no sábado (1º), após sofrer duas paradas cardíacas durante a cirurgia que aconteceu em um hospital de Goiânia. Segundo o cunhado da vítima, Leandro Cabral, a modelo já tinha feito o procedimento na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.

?Minha filha era uma mãe para mim porque ela cuidava de mim. Comprava roupa, penteava meu cabelo, me mandava ir ao médico. Não sei o que vai ser de mim sem ela?, desabafou Dênia.

A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as causas da morte da modelo. Para concluir as investigações, a polícia precisa do resultado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML). Um deles, o toxicológico, vai apontar se a jovem tinha ou não a presença de drogas no organismo.

O exame foi pedido porque o laudo médico sobre a morte dizia que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de entorpecentes, versão contestada pela família. O resultado do exame toxicológico pode levar mais de um ano para ficar pronto, segundo o IML.

?Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso?, afirma a mãe de Louanna.

Segundo a titular do 13º Distrito Policial de Goiânia, Mirian Aparecida Borges de Oliveira, que investiga o caso, apesar de demorado, ela precisa do resultado do exame toxicológico para concluir o inquérito: ?Com o resultado, vamos saber se houve ou não negligência médica?.

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