O governo de Moçambique confirmou nesta sexta-feira (29) o diganóstico de 139 novos casos de cólera, após a passagem do ciclone Idai.
Centenas de pessoas morreram em decorrência do desastre. Segundo a Reuters, o número de vítimas fatais chega a 746.
Os novos casos de cólera foram diagnosticados na cidade potuária de Beira, na província de Sofala, a segunda maior do país.
De acordo com o governo, Nenhuma das 139 pessoas que deram entrada no sistema de saúde com a doença na sexta-feira morreu. Porém, duas mortes de outras vítimas ainda sem causa confirmada foram notificadas.
Na quarta-feira, autoridades do país haviam confirmado cinco mortes por cólera.
Doença se espalha rápido
O cólera se espalha pela contaminação de água ou comida por fezes. Surtos podem se desenvolver rapidamente durante crises humanitárias em que os sistemas de saneamento entram em colapso. A doença pode matar dentro de horas, caso não haja tratamento.
O Idai chegou a Moçambique no dia 14 de março com ventos de mais de 170 km/h, e foi seguido de fortes chuvas. Sua passagem danificou casas, provocou inundações e deixou destruída a cidade de Beira. Mais de 1,8 milhão de pessoas foram afetadas.
Ajuda humanitária
A Unicef (sigla em inglês para Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas) lançou, também nesta quarta (27), um apelo para conseguir US$ 122 milhões (cerca de R$ 488 milhões) em ajuda humanitária destinada a Moçambique, Zimbábue e Malauí.
Segundo a Unicef, são 3 milhões de pessoas afetadas nos três países — e cerca de metade são crianças.
Uma tropa de 20 bombeiros de Minas Gerais que atuaram nos trabalhos de busca da tragédia de Brumadinho, embarcou na noite desta sexta-feira do Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, para Moçambique, país arrasado pelo ciclone Idai.
Eles devem chegar à Beira na tarde de domingo. A previsão de participação na Operação é de 15 dias.