Ministro Flávio Dino diz que Polícia Federal investigará fraudes em jogos

Em abril, a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP), revelou acordos criminosos entre jogadores e apostadores

Em abril, a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP), revelou acordos criminosos entre jogadores e apostadores | Cristiano Mariz/O Globo
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O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou através de suas redes sociais nesta quarta-feira (10), que a Polícia Federal passará a investigar o esquema de manipulação de jogos estaduais e nacionais. Um inquérito será instaurado. 

“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, escreveu o ministro. 

Em abril, a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP), revelou acordos criminosos entre jogadores e apostadores. Recentemente, a Justiça tornou réus 16 pessoas envolvidas em 13 partidas manipuladas, incluindo oito da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023.

De acordo com o documento oferecido pelo MP, ocorreram 23 atos criminosos durante as partidas, nos quais jogadores concordaram em cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. Os réus incluem sete jogadores e nove apostadores, cada um com possíveis penas indicadas abaixo.

CBF descarta paralisar brasileiro

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, afirmou não haver planos para paralisar as Séries A e B do Brasileiro diante do escândalo de manipulação de jogos por apostas descoberto pelo Ministério Público de Goiás. Rodrigues ressaltou que a acusação não veio de um dirigente ou presidente de clube, mas sim de atletas, e afirmou que a CBF espera que as investigações sejam rigorosas. Ele reconheceu, no entanto, que o incidente tem causado danos à imagem da competição.

Presidente da CBF , Ednaldo Rodrigues (Foto: Divulgação)

A CBF está trabalhando com a FIFA para desenvolver um modelo de investigação de manipulação de jogos em todo o mundo. A FIFA alertou que paralisar o Brasileiro seria prejudicial ao sistema do futebol. Rodrigues afirmou que a CBF não possui poder de polícia e justiça, mas encaminha casos suspeitos de manipulação de jogos para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A entidade também possui um contrato com a empresa Sports Radar para monitorar apostas em sites.

A CBF está discutindo com a FIFA uma rede mais ampla de investigação de manipulações de jogos em todo o mundo, e essas discussões já estavam em andamento antes da denúncia feita pelo MP. A CBF espera que os causadores sejam punidos de acordo com as leis.

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