Ministério não vai censurar filme de urso que fuma maconha

Nos Estados Unidos, onde obteve grande sucesso de bilheteria, o filme recebeu a classificação

Em | Divulgação
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O Ministério da Justiça não vai censurar o filme do ursinho "Ted", segundo declarou nesta terça-feira (26) o ministro Eduardo Cardoso.

A história vem causando rebuliço, uma vez que mostra, em uma das cenas, que o brinquedo faz uso de drogas.

De acordo com o ministro "não cabe ao ministério censurar nada", apenas estabelecer a classificação indicativa das obras. "Mesmo se a nossa legislação permitisse a censura, nós seríamos contrários a isso", afirmou.

Segundo Cardoso, a equipe responsável por fazer a classificação indicativa segue critérios técnicos e os enquadramentos feitos são acertados.

"Se alguém avaliar a faixa etária indicada está em desacordo, essa pessoa pode representar no Ministério da Justiça e nós avaliaremos o pleito", explicou.

PROTÓGENES

Nesta semana, o filme virou alvo de discussões, após declaração do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), que pretende recorrer ao Ministério da Justiça para tentar alterar a classificação do longa metragem para 18 anos.

Atualmente, o filme é recomendado para maiores de 16 anos.

A medida, segundo o deputado, foi motivada pela constatação de que as imagens não deveriam ser vistas por menores. Protógenes levou o filho de 11 anos ao cinema, no domingo passado, para assistir o longa sobre o urso "Ted".

O filme é o primeiro longa-metragem dirigido por Seth MacFarlane, que criou as séries em animação "Family Guy" e "American Dad" (exibidas no Brasil pelo canal pago Fox).

Nos Estados Unidos, onde obteve grande sucesso de bilheteria, o filme recebeu a classificação "R" --equivalente ao "impróprio para menores de 16 anos", obtido no Brasil.

No entanto, no Brasil, acompanhadas dos pais, crianças de qualquer idade podem entrar nas salas de cinema, independentemente da classificação indicativa.

Inicialmente, Protógenes chegou a defender, no Twitter, a retirada de circulação do filme.

Após a reação de dezenas de internautas contra a medida, ele recuou e informou ontem que deverá tentar alterar apenas a classificação indicativa.

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