Teresina terá um aporte de recursos para a atenção hospitalar. Neste sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, assinou portarias liberando investimentos, da ordem de R$ 8,1 milhões, para a lata e média complexidade. As portarias beneficiam Teresina, sobretudo o Hospital de Urgências (HUT) e ajudará a descentralizar os serviços de saúde da capital, desafogando o HUT. Os investimentos atendem a uma demanda solicitada pelo prefeito Firmino Filho junto ao Ministério.
Foram liberados recursos de R$ 8,1 milhões para a realização de procedimentos de alta e média complexidade, como cirurgias, internações, radiografias, diálises e procedimentos de traumato-ortopedia. O Ministério da Saúde se comprometeu habilitar oito novos leitos de UTI pediátrica, habilitação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Renascença. Já para o HUT, o Ministério da Saúde destinará R$ 1,5 milhão e outros R$ 3 milhões para a UPA.
Ao Fundo Municipal de Saúde de Teresina serão repassados recursos para custeio anual e habilitação do Hospital Universitário como Unidade de Assistência de Alta Complexidade Cardiovascular. Para isso, serão destinados R$ 1,7 milhão por ano. “Teresina destina 35% da sua Receita Corrente Líquida com a saúde. O valor é alto, sobretudo se levarmos em consideração que parte significativa dos atendimentos são de pacientes do interior e de outros Estados, o que acaba penalizando duplamente a população de Teresina”, comenta o prefeito.
Firmino Filho lembrou que, somente com o custeio do HUT são destinados, mensalmente, R$ 15 milhões, sendo R$ 9 milhões deles, custeados pelo município. “São mais de R$ 100 milhões anuais somente com o HUT. Esses recursos dariam para construir 50 escolas por ano, por exemplo. Os municípios herdaram muitos programas e a carga disso ficou pesada para suportarmos”, pontua, lembrando que as portarias assinadas pelo ministro Marcelo Castro darão um folego na saúde da capital.
O Ministro Marcelo Castro reconheceu que os municípios são os maiores prejudicados com os subfinanciamentos e destacou que o Ministério está trabalhando para poder melhorar o quadro da saúde pública em parceria com os Estados e municípios. “Essa não é uma particularidade do Piauí. Em todo Brasil temos esse problema. Em Teresina, a situação é bem crítica. A Prefeitura compromete 35% das suas receitas com a saúde, quando a lei estabelece 15%. Por isso, estamos buscando essa sinergia, essa harmonia entre os três entes para poder não apenas desafogar os municípios, mas prestar um melhor serviço de saúde à população”, pontuou, destacando que a sua prioridade é a regionalização da saúde no Estado, com foco na atenção básica.