O Ministério da Agricultura confirmou neste sábado (7) um novo caso de gripe aviária em aves domésticas no município de Campinápolis, em Mato Grosso.
Neste domingo (8), o governo começou a tomar medidas para eliminar o foco da doença e aumentar a vigilância em um raio de 10 km ao redor do local afetado.
Entre as ações estão barreiras sanitárias, com controle rígido e desinfecção de veículos que circulam pela região.
De acordo com o Ministério, não há granjas comerciais nessa área. Por isso, o caso não muda o consumo nem a exportação de produtos de origem animal, como frango e ovos, e também não altera o período de segurança sanitária em outras regiões (mais detalhes abaixo).
Propriedade foi isolada
O Serviço Veterinário Oficial isolou a propriedade e coletou amostras para testes, que confirmaram a presença do vírus da gripe aviária.
“O caso em aves de subsistência não traz impacto para o comércio internacional. O consumo e a exportação continuam seguros”, disse o Ministério.
Ainda segundo o governo, esse caso também não afeta o prazo de 28 dias de vazio sanitário determinado após a limpeza da granja em Montenegro (RS), onde houve um caso anterior em aves comerciais.
Este é o quarto foco da doença em aves domésticas registrado no Brasil.
Histórico da doença no país
O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi em aves silvestres, em maio de 2023. Já o primeiro em uma granja comercial só aconteceu dois anos depois, em 15 de maio de 2025, em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Antes disso, os registros foram apenas em aves silvestres ou de criação para consumo próprio, sem envolver produção comercial.
O chamado “vazio sanitário” — um período de 28 dias sem novos casos — começou a contar em 22 de maio, após a desinfecção da granja em Montenegro. Se não surgirem novos casos em granjas comerciais até o fim desse prazo, o Brasil poderá se declarar livre da gripe aviária novamente.
Consumo continua seguro
O Ministério reforça que a gripe aviária não é transmitida por carne de frango ou ovos. Até hoje, o Brasil nunca teve registro da doença em humanos.
Esse primeiro caso em granja comercial é importante porque o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Apesar disso, a maior parte da produção é consumida dentro do país.
Atualmente, cerca de 160 países compram frango brasileiro, com a China como principal destino. Por regras internacionais, quando há um foco da doença, alguns países suspendem as importações — em alguns casos, só da região afetada; em outros, de todo o país.