A jornalista Samantha Cavalca, correspondente da Rede Meio Norte direto de Brasília, conversou com o presidente Michel Temer, em entrevista exclusiva nesta segunda-feira (15). Entre as pautas, a repórter conversou com o presidente sobre Lava Jato, Reforma da Previdência, Trabalhista, cassação da chapa Dilma-Temer e sobre o PMDB regional compondo chapa com o Governador Wellington Dias do PT e ainda se existe a possibilidade de Temer tentar reeleição. A matéria completa vai ao ar no Jornal Agora, a partir das 13h.
Rádio Jornal Meio Norte (90.3 FM), e afirmou que o governo federal estuda promover uma correção na tabela do Imposto de Renda para ampliar a faixa de isenção do tributo. Segundo o presidente, o tema ainda está em fase de "conversa inicial".
O presidente foi questionado sobre novas medidas que o governo estuda adotar para a economia e sobre se a correção da tabela do IR seria uma delas. Sem dar detalhes, respondeu: "O governo fez uma primeira análise para ampliar a faixa de isenção. Ainda é uma conversa inicial".
Em outro momento da entrevista, ele voltou a falar sobre o assunto ao ser questionado sobre se a proposta em estudo seria dobrar a faixa de isenção do IR - neste ano, a faixa de isenção foi de R$ 1.903,98.
Nesta segunda, uma reportagem do jornal "Valor Econômico" afirmou que o governo preparava a proposta para tentar neutralizar um eventual impacto negativo causado pelas propostas de reforma trabalhista e da Previdência.
Reforma da previdência
Tida como a principal medida econômica do governo, a reforma da Previdência também foi assunto na entrevista. Ao ser questionado sobre quando o governo considera melhor votar a proposta, Temer respondeu que só levará o tema ao plenário quando tiver a certeza de que terá os votos necessários para aprová-la.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, a proposta precisa de, pelo menos, 308 votos dos deputados para ser aprovada. Nos últimos dias, o governo intensificou as negociações para garantir que o texto passará na Câmara.
Temer acrescentou ainda que considera que o governo terá todos os votos entre a última semana de maio e a primeira de junho. Questionado sobre uma eventual dificuldade de conseguir apoio ao texto, o presidente negou que o governo tenha "errado na dose" ao propor uma reforma previdenciária muito dura.