O estado de sa?de do beb? jogado no rio Arrudas em Contagem (MG), se agravou na tarde desta quarta-feira. Pela manh?, foram suspensos os medicamentos que mantinham a menina sedada, mas ela n?o respondeu a nenhum est?mulo.
Segundo os m?dicos da Maternidade Municipal, onde ela est? internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, foi necess?rio aumentar a dose de medicamentos para manter a press?o arterial e os batimentos card?acos. O ultra-som transfontanelar realizado esta tarde mostrou um "edema cerebral difuso importante, o que ? compat?vel com hip?xia grave, ou seja, falta de oxigena??o no c?rebro".
De acordo com o boletim divulgado ?s 17h30 pela maternidade, a constata??o do edema refor?a a hip?tese de que a crian?a ficou sem oxig?nio em algum momento, "ou durante o parto, ou durante o per?odo em que permaneceu na ?gua".
Os m?dicos que cuidam de Michele, nome que ela ganhou no hospital, afirmam que ainda n?o descartaram a possibilidade dela ter sofrido algum trauma na cabe?a provocado pelo impacto da queda.
Durante a madrugada, o beb? teve um dist?rbio glic?mico: uma hiperglicemia, que ? o aumento de glicose causada pela falta da oxigena??o no sangue.
O dist?rbio foi controlado com inje?es de insulina e o ?ndice glic?mico voltou ao normal pela manh?. Exames cl?nicos realizados ontem evidenciaram "sinais de comprometimento cerebral severo", o que pode indicar que ela apresentar? seq?elas graves, como paralisia cerebral ou retardo mental. A menina j? teve tr?s crises convulsivas.
A rec?m-nascida foi encontrada no rio Arrudas e resgatada na tarde de domingo por dois jovens que sa?am de uma festa no bairro Jardim Industrial, em Contagem. Os jovens pularam no rio quando ouviram uma menina chamar a m?e e dizer que havia uma boneca na ?gua polu?da do ribeir?o.
A m?e do beb?, Elisabete Cordeiro dos Santos, 25 anos, prestou depoimento ? pol?cia na ter?a e foi indiciada por tentativa de homic?dio doloso, com inten??o de matar. Se condenada, ela pode pegar de cinco a treze anos de cadeia.
Depois de prestar depoimento, Elisabete foi transferida para a Penitenci?ria Feminina Estev?o Pinto, em Belo Horizonte. No mesmo local cumpre pena a vendedora Simone Cassiano da Silva, 30 anos, condenada a oito anos e quatro meses de pris?o por jogar a filha na Lagoa da Pampulha no ano passado.