'Meu maior erro foi a omissão', confessa goleiro Bruno no programa 'Gugu'

Não trouxe os fatos para a polícia de imediato, segundo ele, porque “não poderia trair seu amigo desde os sete anos de idade, que depois me traiu”

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O goleiro Bruno Souza afirmou, em entrevista ao programa "Gugu", da TV Record, na noite desta quarta-feira (18), que seu maior arrependimento no caso foi ter sido "omisso" nas investigações do assassinato de Eliza Samudio, em 2010, do qual foi acusado de mandante.


Na primeira parte da entrevista da Record, Bruno --que está preso desde julho de 2010 e cumpre pena de 22 anos e 3 meses de reclusão pela morte da ex-amante-- disse ao apresentador Gugu Liberato que se tivesse tido pessoas que o orientassem a "dizer a verdade" na época, talvez estivesse em uma situação diferente.

Na versão do goleiro, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, seu funcionário e amigo de infância, foi o mentor do sequestro e homicídio de Eliza. Na entrevista com Gugu, Bruno explicou que, à época do crime, Macarrão trouxe seu filho com Eliza, Bruninho, dizendo que o "problema estava resolvido", dando a entender que a modelo foi morta.

Não trouxe os fatos para a polícia de imediato, segundo ele, porque "não poderia trair seu amigo desde os sete anos de idade, que depois me traiu".

O ex-amigo de Bruno, que apontou o goleiro como o mandante dos crimes, foi condenado a 15 anos de prisão –sua pena foi reduzida em oito anos por ele ter confessado o crime.

No entanto, Bruno reafirmou mais uma vez sua inocência. "Você pega o processo e lá não mostra uma prova contundente de que sou o mandante". Em outro ponto da entrevista, admitiu que era alcoólatra. "Bebia pra esquecer certos problemas".

Bruno também disse que já se encontrou com Macarrão na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). "Disse a ele: 'Independentemente do que você ou eu erramos, que você possa seguir com sua vida. E eu vou voltar [a trabalhar]. Eu perdoo ele, e também pedi perdão. Mas você me pergunta: a amizade é a mesma? Não. Mas o respeito a ele como pai de família vai existir sempre'", disse.
O atleta ainda diz ter dúvidas sobre a paternidade de Bruninho. "Acho que pode ter sido colhido em qualquer lugar [as amostras de DNA de Bruno]. Mas eu amo ele. Tratarei ele como trato minhas filhas", declarou.
 
Em junho, o advogado Francisco Simin, responsável pela defesa do ex-goleiro do Flamengo, informou que iria acionar a Justiça para questionar a paternidade do filho.
 

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