Menor vai para hospital suspeito de ser vítima da “baleia azul“

O caso aconteceu em Campo Maior.

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campo Maior (82 km ao norte de Teresina) atendeu na tarde desta quinta-feira (20/04) uma ocorrência que pode ter ligação com o desafio do jogo virtual ‘Baleia Azul’. Um adolescente de 17 anos, de iniciais L. C., passou mal na Escola Estadual Leopoldo Pacheco e foi levado ao Hospital Regional de Campo Maior.

Uma equipe de reportagem de Campo Maior falou com um membro da equipe do SAMU que atendeu a ocorrência. “Quando a equipe chegou ao local, o jovem apresentava sinais como se tivesse dopado e não respondia aos comandos. Era como se tivesse consumido alguma substância química. O braço não estava cortado, mas tinha raladuras, como se ele tivesse tentado se cortar. Colegas disseram que ele pediu estilete e teria sido com este estilete que ele fez tudo isso” relatou um membro da equipe.

A diretora adjunta da Escola, professora Cândida Mendes, confirmou o fato. Segundo ela, os colegas disseram que L. não cortou o pulso, porque eles tomaram o estilete. “Quando isso aconteceu, chamei o rapaz e conversei com ele. Ele confirmou que entrou no jogo e que tinha usado o estilete no braço. Não eram cortes, mas arranhões. Eu disse que não era certo o que ele estava fazendo e ele respondeu que sairia do jogo e voltou para a sala de aula” disse a diretora.

Já na sala de aula, o rapaz começou a passar mal e desmaiou, sendo levado para a secretaria da escola. “Chamei o SAMU e chamei sua mãe. Deitamos ele sobre duas mesas até a chegada do atendimento. O SAMU foi acionado não pelos arranhões no braço, mas pelo desmaio” completou a diretora.

Não ficou claro se o desmaio teve ligação com alguma etapa do jogo em que o participante, supostamente, tem que consumir alguma substância. “Da escola ele não consumiu nada. Os colegas também disseram que não viram, e ele me disse, antes de desmaiar, que não havia consumido nada. A não ser que tenha sido em casa” falou Cândida.

O aluno é novato na escola, tendo chegado já este ano, mas a diretora disse que ele não apresentava qualquer problema. “Ele é alegre, divertido e hoje estava estranho, sem tirar brincadeira, com o comportamento diferente e eu cheguei a perguntar a ele o que estava acontecendo. Ele me disse que estava no jogo. Perguntei o motivo dele fazer isso e ele respondeu que entrou por um vacilo.” concluiu a diretora.

A professora Cândida conversou com a mãe do aluno e ela disse que ontem o filho teria perguntado se mesma sabia sobre o jogo. “A mãe começou a passar mal e não tivemos tempo de investigar, mas vamos fazer um acompanhamento do caso” falou Cândida.

A diretora da 5ª Gerência Regional de Educação em Campo Maior, professora Lucimeire Barros disse que se encontrava em visita a outra escola quando soube do ocorrido e que a todos estão cientes da necessidade  de um trabalho específico sobre o assunto, principalmente  com as famílias, no sentido de discutir uma questão  tão  séria  e delicada  como essa que surgiu agora.

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