Um mulher de 27 anos confessou em depoimento que espancou a filha de apenas três anos de idade, informou a Titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Renata Vieira, na manhã desta segunda-feira (11). A agressão, segundo a mãe, aconteceu na casa onde a família mora, no Setor Central, em Goiânia, e teria sido motivada porque a menina vomitou no chão após tomar banho e limpou com a própria roupa. A garota teve uma perfuração no intestino e está internada em estado grave.
A suspeita foi presa no sábado (9) na casa de uma tia, em Inhumas, na Região Metropolitana da capital, após uma denúncia anônima. A delegada Renata Vieira contou que, após ver a filha suja de vômito, a mãe afirmou que perdeu a cabeça e bateu na criança com um cinto, no último dia 3 de março. "Depois, segundo ela, mordeu o bumbum da menina com "força, raiva e para machucar", disse a delegada.
Após isso, a mãe, ainda transtornada, saiu para pegar um pedaço de madeira e voltar a bater na filha. A garota teria ido atrás pedindo perdão e mulher acabou a empurrando contra uma cadeira, na cozinha da casa.
Depois de voltar, ela ainda agrediu a menina com a madeira. Por conta do espancamento, a menina está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Materno Infantil (HMI). Segundo o hospital, o estado de saúde dela é grave "Não sabemos se a perfuração no intestino foi em decorrência do choque com a cadeira ou dos golpes com o pedaço de madeira", explica a delegada.
A mulher responderá por lesão corporal grave resultante de perigo de vida e com agravo por agredir a própria filha. Se condenada, pode pegar até oito anos de prisão. O padrasto da criança, em tese, não parece ter envolvimento com o espancamento, pois a delegada informou que ele não estava em casa no momento em que tudo aconteceu.
IGREJA
A mulher mora com o companheiro e mais três enteados. A polícia soube do espancamento depois que duas das enteadas comentaram na igreja que a família frequenta que a irmã mais nova estava muito machucada. Frequentadores da igreja resolveram então chamar a polícia que foi até a casa da mulher.
A pastora da igreja, Patrícia Gonçalves Maciel, disse que aquela não seria a primeira vez que a menina havia sido agredida. "Há mais ou menos um mês, a criança também apareceu toda machucada na igreja. Ela disse que faz isso e depois se arrepende", revelou Patrícia.