A edição 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece neste sábado (5) e domingo (6). No total, as provas serão aplicadas em 1.727 municípios de todos os estados brasileiros. Mas será que ainda dá tempo de assimilar novos conteúdos? Ou seria melhor, faltando apenas cinco dias para o Enem, começar a reduzir o ritmo de estudos?
Com a marca de melhor desempenho na prova de matemática em todas as edições já realizadas do exame, o piauiense Vitor Melo Rebelo, que atingiu 1.008,3 pontos no caderno de matemática e suas tecnologias no Enem 2015, aconselha os candidatos a treinar seus conhecimentos com edições anteriores da prova.
"Na última semana, acho que a melhor dica possível é indicar aos estudantes que resolvam as provas do Enem de 2015 (PPL e normal)", diz o estudante. "No resto de tempo, descansem para não fazerem a prova exaustos demais", pondera Rebelo.
O coordenador do Ensino Médio das unidades da rede Anglo, Waguinho Venceslau, faz coro ao conselho do jovem piauiense. Segundo ele, tentar intensificar os estudos nesta reta final não deve surtir efeito na hora da prova.
"A recomendação é que os alunos se familiarizem com a prova para eles se acostumarem com a apresentação das questões. O aluno que já está estudando deve manter seu ritmo, porque intensificar agora não vai significar um acréscimo. Seria um gasto de energia", avalia Venceslau.
O piauiense é conhecido por sua essência de determinação e ousadia, que não foge das lutas e dos desafios diários e que tem encontrado na educação a chave para seu desenvolvimento e expansão.
Estudar, mas sem maratonas
Para Bruno Ramos, diretor do Colégio Pitágoras Cidade Jardim, de Belo Horizonte, além de não aumentar a carga de estudos, seria interessante para os candidatos do Enem 2016 até mesmo começarem a reduzir as atividades. "Não é hora de virar a noite estudando, tem que dar uma freada. Senão aumenta muito a carga de stress", explica Ramos. "Não tem como dominar todo o conteúdo. Tem que estar confiante no que você sabe. Acho que não é adequado buscar novos conteúdos."
A gerente de educação da rede Sesi no Paraná, Lilian Luitz, sugere ainda a leitura de obras que não estejam obrigatoriamente relacionadas com a temática do Enem. Segundo a educadora, a prática pode ser importante para "abrir a mente" do aluno e garantir um melhor desempenho na prova.
"A leitura de bons livros facilita a interpretação e traz a lógica necessária para solucionar as questões", diz Lilian, que também desaconselha o estudo de novos conteúdos neste momento. "Agora é o momento de revisitar aquilo que o aluno aprendeu, mas ainda não domina."