Medidas resolvem superlotação no Hospital de Urgência de Teresina

O acolhimento por classificação de risco, o Núcleo Interno de Regulação, a criação da Central de Curativos, adesão à Central Reguladora de Leitos

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Macas amontoadas pelos corredores, demora no atendimento e pacientes sem os devidos cuidados fazem parte do passado do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) que, desde dezembro do ano passado vem adotando soluções inteligentes para reduzir a superlotação da unidade.

Em poucos meses, o número de pacientes em macas caiu de aproximadamente 170 para 40, mostrando que a adoção de alternativas contribuiu significativamente para a melhora no atendimento do centro de saúde.

O cenário mudou desde que o HUT aderiu ao programa SOS Emergência, do Governo Federal. Foram adotadas seis medidas estratégicas: o acolhimento por classificação de risco, o Núcleo Interno de Regulação, a criação da Central de Curativos, adesão à Central Reguladora de Leitos, ampliação do centro cirúrgico e melhor aproveitamento dos hospitais de bairros.

As medidas reduziram o número de mortes no hospital, que passaram de 15% para 4,8% em 2014. “Isso trouxe a diminuição de filas, demoras e melhorou o atendimento.

Hoje o HUT está no mesmo nível que hospitais particulares: nenhum centro de Teresina consegue fazer um atendimento e encaminhamento do paciente com a mesma velocidade que nós”, destaca. O acolhimento por classificação de risco avalia os pacientes que dão entrada no centro médico e suas necessidades.

Com isso, a prioridade é dada para os casos mais graves e os pacientes que precisam de atendimento ambulatorial (não caracterizado como urgência) são avaliados e encaminhados para hospitais menores ou postos de saúde mais próximos de casa.

O Núcleo Interno de Regulação onde uma equipe médica avalia o tempo de internação de cada paciente faz com que ele use o leito da forma mais otimizada possível.

“Caso um paciente esteja no tempo de receber alta hospitalar mas ainda assim esteja internado, os médicos responsáveis terão que explicar por que ele demorou mais tempo que o previsto.

O mesmo núcleo é responsável pelo encaminhamento de pacientes de outros municípios para seus respectivos logradouros quando se faz necessário, o que nos leva à próxima medida adotada”, explica o médico Gilberto Albuquerque, diretor do HUT.

Os pacientes internados que precisam apenas de curativos agora são encaminhados para o Hospital do Promorar, que abriga uma Central de Curativos pronta para atender a demanda de toda a cidade.

Com a medida, parte dos pacientes podem retornar para casa e voltam ao hospital apenas para realizar a troca de curativos. “Isso ajudou bastante a diminuir a demanda de pacientes dentro do Hospital de Urgências”, define o diretor.

Outra medida importante foi a adoção da Central Reguladora de Leitos, um serviço estadual que regula o acesso aos leitos e aos procedimentos hospitalares eletivos e de urgência e emergência.

Ou seja, as unidades municipais orientam os pacientes a serem tratados em hospitais regionais quando o caso não é de alta complexidade. “Antes era comum receber grande número de pacientes vindos do interior a procura de serviços que são oferecidos em outros hospitais de Teresina, e não apenas no HUT.

Hoje grande parte dos pacientes do interior já vem orientada e isso desafogou e muito aquele trânsito de pacientes que passavam aqui para ir a outros hospitais”, conta Gilberto.

A ampliação do centro cirúrgico e a chegada de novos equipamentos permitiu maior agilidade em cirurgias. “Agora quando os pacientes dão entrada, eles são atendidos, tratados e liberados com maior qualidade e rapidez. O programa SOS Emergência nos avalia diariamente e permitiu um avanço exponencial no tratamento de pacientes.

Nossa média de pacientes em macas variavam de 125 a 172 por dia. Hoje trabalhamos com 20 a 40 pacientes em macas por dia e a maioria são atendimentos rápidos, ou seja, é liberada no mesmo dia”, explica o diretor do HUT.

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