A próxima semana terá um início conturbado para quem precisar de atendimento médico. A reunião ocorrida na última quarta com a prefeitura, Estado e o Sindicato dos Médicos não encontrou solução para o impasse. ?A greve é inevitável diante da resposta dos gestores à nossa proposta?, afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio.
Os profissionais exigiam um reajuste semestral de 30% para que em 2012 o salário chegasse a R$ 3.500. Além disso, queriam incorporar ao salário as gratificações e a produtividade, paga de acordo com os procedimentos realizados. Dessa forma, cada médico receberia um valor fixo, mensalmente, de acordo com a sua especialidade.
No entanto, a proposta da prefeitura foi o reajuste de 10%, sem a incorporação solicitada pelos médicos no salário. Já o Estado, ofereceu apenas ¼ do valor reivindicado. Também propuseram fazer uma média entre todos os valores pagos em gratificação e produtividade. Mas os médicos não aceitaram porque cada especialidade recebe valores diferentes.
Diante da negociação o Sindicato reduziu a proposta de 30%, mas o acordo não foi possível. ?Abrimos mão da nossa reivindicação inicial na esperança de chegar a um acordo logo, mas infelizmente não levaram isso em consideração?, lamenta a vice-presidente do SIMEPI, Lúcia Santos.
A greve deve atingir todas as unidades da rede pública de saúde de Teresina e do interior do Estado, sendo mantidos apenas os 30% dos servidores médicos nas urgências e emergências.