Um patologista disse nesta ter?a-feira, em Londres, que o brasileiro Jean Charles de Menezes tinha tra?os de coca?na no seu corpo quando foi morto pela pol?cia de Londres, em 22 de julho de 2005.
Kenneth Shorrock fez a declara??o durante o julgamento sobre a atua??o da pol?cia na opera??o que resultou na morte do brasileiro. Segundo o m?dico, um teste toxicol?gico conduzido depois da morte de Jean Charles mostrou que o brasileiro tinha coca?na na urina, mas verificou que a presen?a do entorpecente no sangue estava "abaixo dos n?veis detect?veis".
Na corrente sang??nea, o que o exame confirmou foi a presen?a de um derivado da coca?na: a benzoilecgonina. "N?o tenho muito conhecimento para dizer quando ele teria consumido isso (a coca?na), mas aquilo (a presen?a de coca?na na urina), mais a presen?a da benzoilecgonina, um subproduto da coca?na, indicam que ele tinha usado coca?na em algum momento", disse o m?dico.
Shorrock disse que n?o sabia por quanto tempo a coca?na permanece tendo efeito ativo sobre o c?rebro depois de abandonar a corrente sang??nea. No entanto, perguntado pela promotoria, Shorrock disse que, para ser um "estimulante ativo", a coca?na deveria estar presente no sangue de Jean Charles. Ele ressaltou que a droga pode levar a mudan?as de comportamento como ansiedade e paran?ia.
No ?ltimo dia 9, um policial que participou da opera??o em que Jean Charles morreu disse que o brasileiro apresentava "comportamento suspeito" antes de ser baleado.