Médica que se negou socorrer bebê é indiciada por homicídio doloso

Ela responderá o processo em liberdade

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A médica Haydee Marques da Silva, de 66 anos, que negou atendimento ao menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, no último dia 7 de junho, foi indiciada por homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar. A criança, que tinha problemas neurológicos, morreu uma hora e meia depois esperando novo socorro.

De acordo com a delagada Isabelle Conti, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pelo caso, porém, não há pedido de prisão preventiva. Assim, Haydee vai responder ao processo em liberdade, mas se for condenada, a médica poderá pegar de 6 a 20 anos de cadeia.

Detalhes do laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o bebê revela que a médica poderia ter evitado a morte de Breno e que a demora no atendimento, seja qual for, foi determinante para o óbito da criança. Haydee se negou a fazer o atendimento alegando que não é pediatra.

O documento conclui ainda que, devido ao quadro de saúde do pequeno (infeccioso - gastroenterite - e taquicardia), a profissional de saúde tinha que ter feito o atendimento em, no máximo, 10 minutos. Breno morreu uma hora e meia depois esperando outro socorro.

O laudo do instituto afirma que o caso era considerado atendimento de urgência e que a médica poderia ter realizado, além de cateter nasal e ventilação com "ambu", outros procedimentos para salvar a vida do pequeno. Essas técnicas usualmente estão disponíveis em hospitais e ambulâncias que prestam socorro e transporte de pacientes.

À polícia, a médica Haydee Marques da Silva admitiu que não prestou socorro a Breno porque não atende crianças. A profissional era funcionária da Cuidar Emergências Médicas, que prestava serviços para a Unimed-Rio, e foi demitida um dia depois do ocorrido.

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