A médica Haydée Marques da Silva, de 29 anos, que se negou a prestar atendimento a um bebê de 1 ano e meio, na quarta-feira (7), no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, vai prestar depoimento nesta sexta-feira (9) na 16ª DP (Barra da Tijuca) onde o caso de omissão de socorro foi registrado. Além da médica, também será ouvido o motorista da ambulância e o porteiro do condomínio.
O bebê Breno Rodrigues Duarte Silva, que foi enterrado na quinta-feira (8), morreu de broncoaspiração, depois de ter aspirado o próprio vômito. A criança, que estava em internação domiciliar – e por isso, só poderia ser transportada em ambulância - começou a passar mal de uma gastroenterite.
Os pais chamaram uma ambulância, que chegou ao condomínio às 9h10. Imagens da câmera de segurança do prédio mostram Haydée rasgando papeis dentro da ambulância e indo embora três minutos depois, sem sequer descer do carro. A criança morreu às 10h26.
A Cuidar, que presta serviços para a Unimed-Rio, disse que afastou a médica Haydée Marques da Silva, de forma definitiva. E o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) disse, em nota, que vai abrir sindicância para apurar o caso.
A delegada que presidiu o inquérito no momento do registro informou que a médica, na situação em teriam ocorrido os fatos, poderá responder por homicídio culposo com aumento de pena por inobservância de regra técnica de profissão.