McLaren vai apresentar 650 S, disponível nas versões cupê e Spyder, no Salão de Genebra

O início de sua produção está programado para meados de julho

Nova McLaren 650S - Potencial ataque | Divulgação
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A McLaren parece mesmo disposta a batalhar com a Ferrari no mercado de superesportivos. Tanto que a marca inglesa se prepara para apresentar no Salão de Genebra, a partir do dia 4 de março, seu mais novo lançamento: o 650 S. O início de sua produção está programado para meados de julho, quando a fabricante passará a ter três modelos em sua gama. Um número bastante significativo, considerando que esse é o terceiro lançamento em apenas dois anos. Em outros 48 de vida, havia lançado apenas dois modelos. A McLaren nasceu nas pistas de corrida em 1966 e só partiu para um projeto de carro de rua em 1992, com o bólido F1, produzido até 1998. Uma parceria com a Mercedes-Benz resultou ainda no cupê SLR McLaren, fabricado entre 2003 e 2009.

Disponível nas versões cupê e Spyder ? como designa a configuração conversível ?, o 650 S traz no nome a potência prevista para o motor V8 3.8 litros biturbo que o carro carregará sob o capô, de 650 cv. São 266 cv a menos que o topo de linha da marca, o P1, e 25 cv a mais que o modelo ?de entrada? MP4-12C, que utiliza o mesmo propulsor. Assim, o 650 S se tornará um veículo intermediário em relação à potência e ao valor na gama da McLaren. Ainda não foram revelados outros dados técnicos de desempenho, mas já se estima que o novo superesportivo chegue aos 100 km/h em menos que os 3,1 segundos gastos pelo MP4-12C, partindo da imobilidade.

No design, chama atenção a mistura de elementos dos dois outros veículos da McLaren. A frente lembra bastante a do ?top? P1, com faróis de leds novos, mas que à primeira vista parecem idênticos aos do modelo lançado em 2013. E remetem a um bumerangue e à própria logomarca, ligando-se às grandes entradas de ar frontais. Também estão na carroceria as tomadas de ar laterais, que refrigeram motor e radiadores. Já a traseira remete à do MP4-12C, com duas saídas de escape e linhas que formam uma grade de uma ponta à outra do carro. O acesso é o mesmo nos três modelos, com portas de abertura no estilo tesoura, que giram para cima.

Apesar de ser muito próximo aos outros modelos da marca no visual, a promessa é de que o 650 S receba a maior oferta de equipamentos da história da McLaren. Já estão confirmados sistema de multimídia com GPS e capaz de se transformar em roteador wireless de internet e com comandos por voz. E graças às melhorias obtidas no conjunto aerodinâmico e no sistema de suspensão ProActive Chassis Control, que permite três modos de direção ? Normal, Sport e Track, sendo este último voltado para o uso em pistas de competição ?, o 650 S consegue um downforce até 24% maior quando ultrapassa os 240 km/h.

O pouco de informações que já se tem sobre o 650 S mostra que a aposta da McLaren pode representar uma concorrência forte à invocada Ferrari 458 Speciale, lançada no ano passado pela marca italiana. Com motor V8 4.5 litros, a ?máquina? atinge 613 cv de potência ? 37 cv a menos que o propulsor biturbo da McLaren. E que custa, na Europa, 260 mil euros, o equivalente a R$ 833 mil.

O preço do 650 S ainda não foi divulgado, mas deve ficar um pouco acima do valor cobrado pelo MP4-12C, que beira 200 mil libras, cerca de 242 mil euros e R$ 778 mil. A fabricante inglesa espera aumentar de forma expressiva sua participação no mercado de superesportivos com esse lançamento. Em 2012 e 2013, a marca produziu 1.400 unidades de sua gama na fábrica de Woking, na Inglaterra ? cerca de 20% do que vende a arquirrival Ferrari, que atualmente produz na fábrica de Maranello os quatro modelos em sua gama: F12berlinetta, 458, FF e California T. Mas a intenção da marca britânica é aumentar esse número com a perspectiva de crescimento nas vendas, principalmente no continente asiático.

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