O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nesta segunda-feira (14) por causa dos incêndios florestais. Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2020, a estimativa é que área queimada chegue a 1,450 milhão de hectares.
De acordo com o site do G1, essa extensão é 4 vezes maior que o tamanho somado das cidades de São Paulo (152 mil hectares) e do Rio de Janeiro (120 mil hectares).
O decreto, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), destaca que todos os municípios do estado foram atingidos por uma grave estiagem, o que somado a outros fatores contribuí para a ocorrência dos incêndios florestais e urbanos.
A situação de emergência é valida por 90 dias e autoriza a mobilização de órgãos estaduais, a atuação de voluntários, a entrada em propriedades particulares para a prestação de socorro ou para a evacuação e ainda a realização de aquisições de produtos e serviços sem licitação.
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Aponta ainda que é necessária uma resposta urgente a situação, com o controle dos incêndios em áreas preservadas ou não e que a fumaça dessas queimadas provocou um aumento dos atendimentos por doenças respiratórias nas unidades de saúde.
O decreto alerta ainda que o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desatres (Cenad) emitiu avisos meteorológicos de baixa umidade relativa do ar e de ondas de calor para todo o estado e que setembro é considerado o mês mais crítico historicamente, com o registro de aumento de atendimentos pelo Corpo de Bombeiros e Prevfogo.
Mato Grosso irá declarar estado de calamidade
O governo de Mato Grosso anunciou que vai decretar, ainda nesta segunda-feira (14), estado de calamidade por conta dos incêndios florestais. A medida permite dobrar a estrutura para a prevenção, combate e autuação dos incêndios florestais em Mato Grosso, especialmente na região pantaneira.
O anúncio foi feito pelo governador Mauro Mendes, após reunião com os secretários Alexandre Bustamente (Segurança Pública), Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente) e com os comandantes do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges, e da Defesa Civil, coronel Cesar Viana Brum.
Mendes ressaltou que o governo do estado tem planejado e atuado nessa frente desde março, sendo que hoje há em torno de 2,5 mil profissionais envolvidos no combate, das forças de Segurança, da Defesa Civil, dos Bombeiros, voluntários e até no Exército Brasileiro.
Há seis aeronaves ajudando nesse combate, três helicópteros e 40 equipes em todo o estado.
De acordo com o governador, o decreto de calamidade vai permitir contratar equipes e materiais em regime de urgência.
Conforme o governador, as circunstâncias climáticas têm colaborado para que os incêndios tenham tomado grandes proporções.
Mato Grosso está um período de longa estiagem: são mais de 100 dias sem chover e a umidade relativa do ar está baixa e, em algumas regiões, abaixo de 10%.