A Marinha informou que estabeleceu um gabinete de crise para tratar de possíveis danos ambientais que podem vir do navio Stellar Banner, que está encalhado próximo a costa do Maranhão e com grande carga de minério de ferro.
"A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), informa que, estabeleceu um Gabinete de Crise na CPMA, em São Luís-MA, no Comando do 4° Distrito Naval, em Belém-PA, e no Comando de Operações Navais (CON), no Rio de Janeiro, para tratar os possíveis danos ambientais advindos do encalhe da embarcação “STELLAR BANNER” e dos planos de desencalhe e salvatagem para a retirada desta embarcação do local. Amanhã (27) pela manhã, haverá uma reunião entre os representantes das empresas envolvidas, membros do Gabinete de Crise e demais órgãos de fiscalização", diz a nota da Marinha.
O navio, que é operado pela empresa sul-coreana Polaris, possui capacidade para 300 mil toneladas de minério de ferro e tem 340 metros de comprimento, o que equivalente a quase quatro campos de futebol. Por conta disso, o Ibama informou que monitora a situação, já que a quantidade de minério e de óleo usado em navios desse porte podem causar danos ambientais em caso de vazamento ou naufrágio.
A embarcação foi abastecida pela Vale e saiu do Terminal Portuário da Ponta da Madeira, em São Luís, com destino a um comprador em Qingdao, na China.
Segundo a Capitania dos Portos, o navio apresentou ao menos dois locais com entrada de água nos compartimentos de carga por volta das 21h30 desta terça (25) e começou a afundar no Oceano Atlântico. Uma fissura no casco pode ter sido a causa.
O comandante do navio emitiu um alerta de emergência via satélite e levou a embarcação para um banco de areia. Até a última atualização desta reportagem, o navio continua encalhado.
Equipes da Capitania dos Portos e da Vale foram encaminhadas para o local e cerca de 20 tripulantes foram evacuados. Segundo a Marinha, todos permanecem em segurança na área a bordo de quatro rebocadores que foram enviados ao local.
Em nota, a Vale não deu detalhes sobre o caso. Disse apenas que a embarcação sofreu uma 'avaria na proa' e que está colaborando com as autoridades.
"Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas", disse a empresa.
A empresa VLOC, proprietária do navio, informou que todos os porões de carga estão intactos e a situação está sob controle. A empresa afirmou ainda que todas as autoridades foram acionadas de acordo com os procedimentos padrão.
Em nota, a Marinha disse que instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades sobre o caso. Disse ainda que, até o momento, não houve vazamento de minério de ferro no oceano.