Morta na noite de quarta-feira (14/03), no Centro do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco, de 38 anos, foi a quinta mais votada da cidade nas eleições de 2016, com 46.502, sendo que era a sua primeira vez nas disputas eleitorais.
Na Câmara, Marielle fazia parte do grupo de 4 relatores de uma comissão criada em fevereiro para monitorar os trabalhos da intervenção federal na segurança pública do estado.
A vereadora também presidia a Comissão de Defesa da Mulher. Sobre o tema, apresentou projeto para a criação do Dossiê da Mulher Carioca, para levar a prefeitura do Rio a compilar dados sobre violência de gênero no município, e trabalhou para permitir o aborto nas condições quem a prática é permitida. Marielle também atuou para ampliar o número de Casas de Parto, locais destinados à realização de partos normais.
Antes de se eleger vereadora, Marielle foi assessora parlamentar do deputado estadual Marcelo Freixo, seu colega no PSOL, ao lado de quem participou da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa.
Marielle estudou Sociologia na PUC, com o apoio de bolsa integral, e fez mestrado em Administração Pública na Universidade Federal Fluminense. Sua dissertação teve como tema as Unidades de Polícia Pacificadora. O título foi “UPP: a redução da favela a três letras”.