" Nós queremos ser aceitas, mas respeitadas". Com esse mote, cerca de 200 manifestantes realizam na tarde deste sábado, na avenida Paulista, em São Paulo, a 12ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais da cidade.
O grupo deixou o vão do Museu de Arte de São Paulo às 15h em direção à rua Augusta e ao Largo do Arouche, tradicionais redutos do público LGBT na capital paulista.
Duas faixas da Paulista, no sentido centro, foram interditadas para que a manifestação seguisse.
A caminhada acontece na véspera da 14ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que acontece também na Paulista, neste domingo, a partir das 10h.
De acordo com uma das organizadoras da caminhada, a médica veterinária Alessandra Acedo, 42 anos, a manifestação de hoje é uma forma de as bandeiras do público feminino lésbico e bissexual "não se diluírem" na grande festa a céu aberto em que a Parada acaba se transformando.
"Precisamos de um Estado laico de fato, de uma sociedade sem machismos e com direitos iguais. Antes de sermos lésbicas ou bissexuais, somos mulheres e sofremos preconceitos de várias formas", disse.
Segundo a organizadora, os pré-candidatos ao governo ou à Presidência nas eleições de outubro "ainda não se pocionaram" sobre as bandeiras LGBT."Todos os partidos precisam se posicionar e dizer quem, de fato, está do nosso lado", completou Alessandra, que completou: "Que todos tenham direitos iguais na sociedade, porque, caso atendam a uma minoria, apenas, não são direitos, mas privilégios."
Entre as participantes, gritos de guerra em favor da criminalização da homofobia e com críticas a congressistas que defendem posições segregacionistas, conforme a orientação sexual, deram o tom aos discursos improvisados em um caminhão de som.
"Chega de homofobia, de violência, e não é só na hora da festa e da Parada que as pessoas precisam aparecer pedindo isso. A consciência de que isso é crime precisa existir também fora desse tipo de evento", pediu a deputada estadual Lecy Brandão, presente ao ato.