Mapa deve decretar emergência por casos de gripe aviária no Brasil

No último sábado (20), foram confirmados mais dois casos da doença, elevando para cinco o número de confirmações no Brasil.

Mais dois casos de gripe aviária foram confirmados em aves silvestres | Seapi/ES
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) deve decretar, nos próximos dias, estado de emergência zoossanitária em razão dos casos de gripe aviária - Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1. A medida valerá por 180 dias em todo o país.

No último sábado (20), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou mais dois casos da doença, elevando para cinco o número de confirmações no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, nenhum caso foi identificado em humanos.

Segundo o Ministério, um dos casos foi confirmado em uma ave silvestre da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real), encontrada na zona rural do município de Nova Venécia. Como a ocorrência foi em área não litorânea, a ação de vigilância será ampliada também para os municípios vizinhos: São Gabriel da Palha e Águia Branca. O outro caso, também em ave silvestre, foi detectado no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra em área litorânea. Trata-se de ave da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando).

"O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo, em 15 de maio de 2023", informou o Ministério da Agricultura e Pecuária.

É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos e sim pelo contato com aves infectadas. Por meio de nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que os focos identificados são de aves silvestres, o que não compromete as exportações brasileiras. 

"O Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro. A ABPA destaca, ainda, que o registro de novos casos não devem gerar impactos nas exportações brasileiras. Neste contexto, cabe destacar o importante trabalho realizado pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores para apresentar esclarecimentos aos diversos destinos importadores da proteína animal do Brasil. Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos,  ao mesmo tempo em que a ABPA lembra que, segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos", informou um trecho da nota da Associação.

Casos em humanos em investigação

No último sábado (20), o Ministério da Saúde descartou 33 casos suspeitos de H5N1, todos funcionários do parque onde havia uma ave infectada, no Espírito Santo, após amostras terem sido analisadas pelo laboratório da Fiocruz. Outros dois novos casos suspeitos estão sendo investigados. Desta forma, o Brasil segue sem nenhum caso em sua população. 

As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). O homem de 61 anos, funcionário de um parque municipal de Vitória onde foi encontrada uma das aves com resultado positivo para IAAP, já foi liberado do isolamento. "Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet", alertou o Mapa.

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