A aprovação da urgência do Projeto de Lei (PL) 1.904/24 na quarta-feira (12/6), que equipara o aborto ao crime de homicídio, provocou manifestações em várias partes do país nesta quinta-feira (13/6). O texto prevê que abortos realizados após 22 semanas de gestação sejam considerados homicídio, mesmo em casos de estupro.
Em Brasília, um grupo se reuniu no início da noite desta quinta-feira em frente ao Museu Nacional para protestar contra a proposta. Com cartazes, gritos de guerra e discursos, mulheres expressaram sua indignação com o andamento do projeto.
Simultaneamente, ocorreram manifestações em São Paulo, Recife, Manaus e Brasília. Os protestos foram convocados pela Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto.
RIO DE JANEIRO
Na noite desta quinta-feira, diversos manifestantes se reuniram na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, para protestar contra o projeto de lei que equipara o aborto a homicídio. Durante o protesto, a vereadora do Rio Luciana Boiteux (PSol-RJ) enfatizou em seu discurso que "Criança não é mãe, estuprador não é pai".
Boiteux também citou o fato da pena para mulheres poder ser até maior do que para os condenados por estupro. “É um absurdo isso! Essa bancada que se diz evangélica é uma bancada de estupradores”, disse. O protesto também foi marcado por gritos contra Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
SÃO PAULO
Em São Paulo, manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, onde as mulheres compunham a maioria dos participantes. Durante o protesto, a via foi interditada por volta das 19h, com faixas ocupadas.
Cartazes com mensagens como "fora" dirigidas ao presidente da Câmara foram exibidos, assim como placas com os dizeres "Criança não é mãe". Após o bloqueio da avenida, os manifestantes seguiram em passeata em direção à Praça do Ciclista.
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