Atualizado às 18h47
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou que o trecho da BR-316, na região da ponte da Tabuleta, que liga Teresina e Timon, foi totalmente liberada em ambos os sentidos no início da noite desta terça-feira (01), após mais de 12 horas. O trecho era alvo de protesto de um grupo de bolsonarista contra o resultado das eleições.
O movimento iniciou ainda na noite de ontem. Os manifestantes informaram que motivo do protesto seria uma suposta fraude no resultado, que deu vitória ao presidente Lula (PT). Policiais militares e da PRF seguem no local controlando o fluxo e fazendo a segurança da área.
Atualizado às 13h20
BR-316 foi parcialmente liberada no sentido Teresina-Timon, diz PRF
A BR-316, na altura da ponte da Amizade, bairro Tabuleta, na zona Sul de Teresina, está parcialmente liberada no sentido Teresina-Timon, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Confira a nota:
Em Teresina, na BR 316, km 0, no momento a rodovia está parcialmente liberada, sentido Teresina - Timon. Em breve será liberada sentido Timon - Teresina.
A última estratégia usada era de uma hora de liberação de apenas uma via para passagem de veículos e 20 minutos de interdição por parte dos manifestantes bolsonaristas.
De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Leandro Caldas, há apenas uma interdição de BR em todo o Piauí. “Estamos pedindo apoio da PM, também estamos entrando na Justiça para que nos ajude, para que a gente possa concluir a liberação da rodovia. Por enquanto, no Piauí só tem esse ponto de manifestação que é aqui em Teresina, em Bom Jesus estava tendo outro, só que lá já fizemos o acordo”, declarou.
“Os policiais estão fazendo essa negociação para conseguir liberar a via de forma total, então a gente está trabalhando para fazer isso para que se resolva de forma pacífica e cada um tenha seu direito, o direito de ir e vir e o direito de manifestação. Nós temos equipe no balão fazendo o desvio da rota e também temos equipe no lado do Maranhão também fazendo o desvio para que não haja congestionamento”, disse.
Segundo a PRF, foram destacados 40 policiais e 12 viaturas para monitoramento da manifestação. Um reforço da Polícia Militar do Maranhão também foi acionado para o local.
Em entrevista ao meionorte.com, um manifestante que preferiu não se identificar afirmou que o motivo do protesto na BR-316 é uma suposta fraude nas eleições. "Sou apoiador do Bolsonaro, apoiador do Brasil, contra a corrupção. O motivo da interdição é que a eleição foi fraudada, todo mundo sabe disso. O maior 'burro' da face da terra sabe que a eleição foi fraudada", declarou.
Atualizado às 10h
O comandante da Polícia Militar do Piauí, Marcos Lima explicou que no início da manhã, a negociação consistia em liberar apenas metade da BR 316 a cada 15 minutos para a passagem de veículos. “Demos 15 minutos para interdição e 15 minutos para liberação. O protesto continua e os caminhoneiros continuam seguindo viagem, ou seja, todos os diretos são agraciados”, falou.
Manifestantes afirmam que enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) não der ordem, não vão sair das rodovias. Foi montado um ponto de alimentação próximo à concentração dos participantes do ato.
Reginaldo Martins, assistente social foi uma das pessoas prejudicadas com a manifestação em Teresina. Ele afirma que ficou mais de três horas esperando a liberação da BR 316, na altura da ponte da Amizade, bairro Tabuleta.
“Eu estou com uma idosa de 80 anos para fazer tratamento médico em Teresina e a gente não pode atravessar a ponte por conta de um grupo de fanáticos de 20 pessoas contraventoras à ordem estabelecida no estado democrático brasileiro. Os policiais rodoviários federais e os policiais militares não fazem nada, isso se trata de uma contravenção à ordem. O Estado é a única constituição que tem a força coercitiva e que pode desobstruir vias para que as pessoas possam sair, no meu caso, tratar de saúde, as pessoas querem resolver suas vidas”, declarou.
Bolsonaristas voltam a interditar a BR-316; mais de 2 mil caminhões parados
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a bloquear a BR 316, KM 0, na altura da Ponte Nova, bairro Tabuleta, zona Sul de Teresina, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi eleito Presidente da República no domingo (30). Segundo Vagner Serra, líder dos caminheiros do Maranhão, são mais de dois mil caminhões parados apenas na capital.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o bloqueio é realizado por cerca de 20 manifestantes que se negam a autorizar a passagem de veículos.
Em entrevista ao meionorte.com, o policial rodoviário federal Emanoel Junior informou que a PRF está no local de maneira ininterrupta. “Tinha outra equipe antes da gente chegar, a gente chegou às 07h30, conseguimos a liberação da pista com os manifestantes, conseguimos 20 minutos de cada lado e com essa liberação isolamos o fluxo, na intenção de enfraquecer o movimento e garantir a fluidez do trânsito”, informou.
Os agentes da PRF acompanham a movimentação e orientam os motoristas a optarem por caminhos alternativos.
Caminhoneiros ficaram revoltados com a paralisação e pediram ajuda da PRF para liberar o trânsito. "Nós chegamos aqui, achamos a barreira e tivemos que parar", informou Leandro de Sousa. O caminhoneiro Gildo Teixeira foi parado volta das 5 horas e criticou a motivação do ato bolsonarista.
"É um negócio muito errado porque depois que um candidato ganha, os que são contra ficam revoltados, eles teriam que assumir que perderam. A gente não tem que pagar por isso, não. Estamos aqui para trabalhar e ficam fechando a pista para a gente não trabalhar, estão prejudicando a gente", falou. Gilson só conseguiu sair do local por volta das 9h45, quando a PRF chegou para negociar a liberação da rodovia.
"Nós não temos nada a ver com manifestação. Chegamos aqui, encontramos a barreira e tivemos que parar", falou Leandro de Sousa, que convocou outros colegas para agir contra a interdição de vias.
O Supremo Tribunal Federal formou maioria, na madrugada desta terça-feira (1º), a favor da determinação do ministro Alexandre de Moraes de desbloqueio das rodovias, que passaram a ser ocupadas por caminhoneiros após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
A presidente do STF, a ministra Rosa Weber, convocou uma sessão virtual extraordinária para referendo da decisão. Ela foi aberta 0h desta terça.