Na manhã desta terça-feira, (13), trabalhadores da rede pública de educação, alunos, representantes de partidos políticos e população em geral, paralisaram as atividades em defesa da educação e da previdência social em Teresina.
A manifestação teve início em frente à Praça da Bandeira, centro da capital e se concentra em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Centro. O ato tem presença do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SInte-PI), com apoio das Centrais Sindicais e demais movimentos sociais.
Eles exibiram faixas e cartazes contra a reforma da Previdência e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Líderes sindicais discursaram em um carro de som. A manifestação de hoje pode ocorrer nas outras capitais do país e nas cidades do interior tendo em vista que o ato foi marcado no mesmo dia.
Segundo os manifestantes no ato " o governo só tem discurso 'chulo' e não representa uma proposta para tirar o país do atoleiro e agora nossas condições, tudo vai piorar".
Os organizadores afirmam que a reforma da Previdência vai retirar direitos dos trabalhadores. Eles distribuíram folhetos com as principais mudanças propostas no texto que está sendo votado no Congresso nesta quarta-feira.
Um dos pontos mais criticados é a mudança da idade mínima. Os manifestantes também seguram cartazes contra os cortes no orçamento da educação.
"Hoje o 13 de agosto é uma continuação das manifestações e a educação só vem sendo precarizada cada vez mais. Com os estudantes na rua, conseguieremos barrar cada vez mais isso. Esse novo projeto do ministério da educação diminui a autonomia das universidades", espressa a estudante e integrante do movimento Afronte, Brenda Marques ,que compareceu ao local.
As principais pautas que motivaram a manifestação de hoje são os recentes cortes no orçamento do MEC, promovidos pelo governo vigente. Universidades e Institutos Federais estão entre os mais afetados, mas a educação básica também está ameaçada incluindo a A Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Um novo bloqueio no orçamento do MEC no valor de R$ 348 milhões, divulgado na semana passada afetará a compra e a distribuição de centenas livros didáticos que atenderiam crianças do ensino fundamental de todo o país, de acordo com o Sinte.