Aconteceu na manhã desta quinta (30) na Praça da Liberdade, centro de Teresina, um novo manifesto para a greve Nacional da Educação. Movimentos estudantis, professores, centrais sindicais e população em geral saíram pelas ruas por volta das 8:30h com objetivo de protestar contra o corte de verbas das universidades e institutos federais e também contra a Reforma da Previdência.
Muitos cartazes, levados por estudantes, denunciavam desigualdade e falta de investimento na educação. Algum deles, criticavam aos argumentos do presidente Jair Bolsonaro e pronunciamentos do ministro da educação, Abraham Weintraub.
A última paralisação que ocorreu no dia 15 de maio na capital e demais estados do país, foi tida como um “esquenta” para a de hoje (30), que convoca novamente uma Greve Geral no dia 14 de maio. O público do ato, teve expressiva presença de estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que divulgou que o corte de 30% compreende 50% no seu orçamento. Diante disso, o reitor da instituição anunciou que a universidade vai enfrentar dificuldades para concluir o ano.
Foto Ananda Soares.
O Instituto Federal do Piauí (IFPI) também se mobilizou e estava na linha de frente do ato. Para a paralisação de hoje, o docente e servidor público, José Martins, protesta contra a reforma da previdência. "Essa reforma vem para acabar com a aposentadoria dos trabalhadores e sou contra. Ela é uma retirada dos direitos brasileiros no geral, principalmente dos mais jovens", mencionou.
"Somos contra o corte da educação. Já que o MEC não quis ouvir a gente, estamos aqui concentrados para reivindicar nas ruas para mobilizar a população sobre nosso direito", disse o representante da União dos Estudantes do Piauí (UNE-PI), Matheus Vilela.
Grande público percorre ruas no Centro. Foto: Ananda Soares.
O diretor de comunicação do Sinte-PI, João Correia mobilizou a categoria dos trabalhadores da Educação para apoiar o movimento estudantil. "Nós do sindicato estamos aqui sendo solidários aos estudantes e apoiando todos os movimentos. Não existe educação sem estudante e sem recursos públicos. Com isso estamos nas ruas e somos contra os cortes na educação que o governo está implementando", relata.
O novo ato é uma preparação para a greve Nacional da Educação que será realizada no dia 14 de junho.