Teresina se juntou nesta quinta-feira às manifestações nacionais que tiveram início na semana passada no Rio de Janeiro e em São Paulo e que tomou conta do Brasil, nos últimos dias. Na capital piauiense 15 mil pessoas foram às ruas para reivindicar melhorias no transporte público, saúde, educação e também contra projetos como a Cura Gay e a PEC 37. O manifesto seguiu pacífico durante todo o percurso, mas um pequeno grupo de manifestantes mais exaltados apedrejaram dois ônibus inter municipais, na Avenida Maranhão e rasgaram bandeiras de partidos.
Enquanto os manifestantes seguiram em direção ao Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), pela Avenida Maranhão, outro fez o caminho contrário, indo em direção ao zona Norte da cidade, onde os ônibus foram apedrejados. ?Nós conseguimos chegar a tempo de evitar maiores transtornos e a situação foi contornada. Os responsáveis não foram presos, mas o importante era manter a segurança dos manifestantes e garantir a ordem da manifestação?, disse o Relações Públicas da Polícia Militar, tenente coronel Sá Júnior.
Além da polícia, os próprios manifestantes tentaram acalmar a situação. Outro ponto em que a manifestação teve momentos de tensão foi quando os manifestantes tomaram e rasgaram a bandeira do PSTU, com gritos de ?o povo unido não precisa de partido?.
Os manifestantes iniciaram o protesto no cruzamento da Avenida Frei Serafim, com a Rua Coelho de Resende, seguiu até o cruzamento com a Miguel Rosa e retornou pela Frei Serafim em direção ao Palácio de Karnak. De lá eles seguiram pela Avenida Maranhão passaram em frente ao Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) e seguiram em direção à Assembleia Legislativa do Piauí. Esse percurso foi diferente do que foi pré acordado em audiência pública no Ministério Público Estadual. ?O movimento é muito difuso e é difícil não mudar a rota. Não tínhamos como impedir isso?, disse defensor público Igo Castelo Branco.
Pessoas de todas as idades e com as mais diferentes pautas de reivindicação se reuniram durante a tarde no protesto. A funcionária pública Dalsimar Maciel Santana foi para o manifesto com as filhas e netas para reivindicar um pais mais justo e igualitário. ?Queremos saúde, educação, segurança pública de qualidade e trouxe a família inteira para lutar por um país melhor?, pontuou.
Para o estudante Thiago Marden da Assembleia Nacional de Estudantes ? Livre o movimento em Teresina está bastante forte e dá uma grande contribuição à luta nacional por um pais melhor. ?O movimento em Teresina está com uma força extraordinária. Nós estamos aqui lutando por uma série de melhorias no nosso pais e dentre as nossas pautas está o nosso repúdio a esse investimento tão grande na Copa do Mundo, enquanto saúde, educação, segurança pública estão sucateadas?, afirmou.
FOTOS: KELSON FONTINELE E JONATHAN DOURADO