Manaus: Caminhão frigorífico será usado para retirar corpos

Guerra de facções deixou ao menos 60 mortos em presídio de Manaus.

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A rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no km 8 da BR 174, que liga Manaus a Boa Vista (RR), após mais de 17 horas, resultou na morte de 60 pessoas. De acordo com o Secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, um caminhão frigorífico será alugado para retirada dos corpos.

O secretário ainda apresentou um balanço do número de foragidos, no Compaj e em outra prisão, o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). No Ipat, foram encontrados nove túneis, utilizados por 87 detentos. Já no Compaj foram oito túneis, mais a contagem dos fugitivos ainda está sendo realizada. A captura dos presos está sendo realizada com o auxílio das Forças Armadas.

"Foi só um lado que teve mortes. A FDN massacrou os supostos integrantes do PCC e mais um ou outro presidiário. Não houve uma contrapartida da outra facção. Como falei não é uma realidade só nossa, talvez só um número um pouco maior. Ocorreu recentemente rebeliões em outros locais como Rondônia, Roraima, Acre e outros estados do Nordeste. Essa disputa está ocorrendo em nível nacional por isso é preciso uma medida de caráter nacional envolvendo os governos dos estados e o governo federal para que possamos juntos enfrentar essa situação", disse.

Entenda o caso


O motim iniciou na tarde do domingo (1º). Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), trata-se de uma possível briga entre facções. Há informação de que houve fuga de detentos, mas o número não foi divulgado.A movimentação no presídio começou ainda no início da tarde de domingo.

De acordo com informações da SSP, os corpos de seis pessoas - ainda não identificadas - foram jogados para fora do presídio, sem as cabeças.Até 20h50 (22h50 no horário de Brasília), a SSP-AM afirma que 12 agentes carcerários foram mantidos reféns. Outros funcionários que estavam na unidade prisional conseguiram escapar.

Presos também são feitos reféns, mas não há precisão em números.Dezenas de pessoas foram para a porta do presídio aguardar informações de parentes presos. Alguns familiares também compareceram à sede do Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus, para buscar novidades. Entretanto, a entrada de parentes e de jornalistas no local foi proibida.

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